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MNE chinês pede política "positiva, objetiva e amigável" à Coreia do Sul

O chefe da diplomacia chinesa apelou hoje ao homólogo sul-coreano para que prossiga uma política "positiva, objetiva e amigável" em relação a Pequim e evite "palavras e ações que agravem a situação" na península coreana.

MNE chinês pede política "positiva, objetiva e amigável" à Coreia do Sul
Notícias ao Minuto

08:08 - 07/02/24 por Lusa

Mundo China

Durante uma conversa por telefone, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse a Cho Tae-yul que os dois países têm laços económicos estreitos e devem trabalhar em conjunto para garantir a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento, informou a diplomacia chinesa, em comunicado.

O diplomata chinês felicitou o homólogo pela recente nomeação como ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul e sublinhou que Pequim e Seul são "vizinhos importantes" e "parceiros de cooperação".

"As nossas relações alcançaram resultados frutuosos e desempenharam um papel positivo na promoção da paz regional. Esperamos que a Coreia do Sul mantenha uma política positiva, objetiva e amigável em relação à China. As relações precisam de regressar a uma via de desenvolvimento saudável e estável", afirmou Wang.

O responsável chinês disse ainda que os dois países devem "trabalhar em conjunto" para "manter a estabilidade das cadeias industriais e de abastecimento". Nesse sentido, devem "resistir à politização ou instrumentalização das questões económicas".

A conversa entre os dois surge numa altura em que as relações parecem estar a melhorar, após meses de críticas entre os dois lados sobre questões como Taiwan ou os comentários controversos do embaixador chinês na Coreia do Sul, Xing Haiming, que avisou Seul sobre as consequências de se aproximar demasiado de Washington.

Este ano marca o 75.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas, recordou Wang.

Segundo a declaração chinesa, Cho disse que espera trazer "confiança mútua" para aumentar a cooperação e os intercâmbios de alto nível entre os dois países.

A nota acrescentou que as duas partes trocaram pontos de vista sobre a situação na Península da Coreia e que Wang manifestou a esperança de que todas as partes "permaneçam calmas e evitem palavras e ações que agravem as tensões".

O telefonema surge na sequência dos últimos exercícios de artilharia do regime norte-coreano, que levaram Seul a emitir alertas de retirada nas ilhas fronteiriças e a responder com manobras de fogo real, e do lançamento por Pyongyang de vários mísseis de cruzeiro em torno do mar Amarelo.

O porta-voz chinês para os Negócios Estrangeiros, Wang Wenbin, disse esta semana que a situação na península coreana "chegou ao ponto em que se encontra atualmente por uma razão".

"Trata-se de tensões que não servem os interesses de ambas as partes. Devem trabalhar para encontrar uma solução política e salvaguardar conjuntamente a paz e a estabilidade na península", afirmou.

Após o fracasso das negociações de desnuclearização com os EUA em 2019, a Coreia do Norte adotou um plano de modernização de armas - que inclui a implantação de satélites militares e testes de mísseis -, além de se recusar a reiniciar o diálogo e procurar estreitar os laços com Pequim e Moscovo.

A Coreia do Norte e a China têm registado uma aproximação nos últimos meses, evidenciada pelo convite a representantes do Governo chinês para se deslocarem a território norte-coreano para grandes eventos comemorativos em Pyongyang, que reabriu recentemente as fronteiras após anos de isolamento devido à pandemia.

A China é o principal parceiro estratégico e comercial da Coreia do Norte, com a qual partilha uma fronteira de mais de 1.400 quilómetros.

Leia Também: China deve voltar a fixar objetivo de crescimento em 5% este ano

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