Hamas propõe cessar-fogo dividido por 3 fases, ao longo de 135 dias
No final da terceira fase, o objetivo seria chegar a um acordo para ditar o fim do conflito.
© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
O grupo islâmico Hamas apresentou um plano de cessar-fogo que contemplaria três fases, cada uma com a duração de 45 dias, como resposta a uma proposta dos mediadores do Catar e do Egito, foi esta quarta-feira anunciado.
A primeira fase passaria pela libertação de todas as mulheres, assim como de homens com menos de 19 anos, de idosos e de doentes ainda reféns do Hamas. Em troca, as mulheres e crianças detidas em prisões israelitas seriam libertadas, num total de 135 dias, segundo avançou a agência Reuters.
Os restantes reféns do sexo masculino seriam libertados na segunda fase e, na terceira etapa, os corpos das vítimas mortais seriam devolvidos aos respetivos estados. No final desta última fase, o objetivo seria chegar a um acordo para ditar o fim do conflito.
Esta contraproposta do Hamas contemplaria, assim, o início da reconstrução de Gaza, a retirada total das Forças de Defesa de Israel (IDF) e o aumento do fluxo de alimentos e de ajuda humanitária à população palestiniana.
Saliente-se que, até ao momento, os pormenores da proposta apresentada pelo Hamas não tenham sido divulgados. É que, no final de janeiro, representantes de Israel, dos Estados Unidos, do Egito e do Catar alcançaram um plano para uma nova trégua, em Paris, que concedia "a perspetiva de uma calma prolongada, de uma libertação de reféns e de um aumento da ajuda" a Gaza, onde se vive uma crise humanitária.
Estes desenvolvimentos ocorrem numa altura em que o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Antony Blinken, lidera uma viagem ao Médio Oriente para tentar garantir uma trégua na guerra, que entra no seu quinto mês esta quarta-feira.
Ao lado de Blinken, em Doha, o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdelrahmane Al-Thani, manifestou-se "otimista" e declarou, na terça-feira, ter recebido "uma resposta do Hamas sobre a estrutura geral do acordo de reféns", tendo apontado que "a resposta contém alguns comentários, mas, no geral, é positiva".
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
Benjamin Netanyahu declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
[Notícia atualizada às 08h51]
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