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ONG denunciam condições de vida "degradantes" em campo de migrantes grego

Duas organizações não-governamentais (ONG) europeias denunciaram hoje que o novo centro de acolhimento na ilha grega de Samos, financiado pela União Europeia (UE), apresenta condições de vida degradantes para milhares de migrantes e requerentes de asilo.

ONG denunciam condições de vida "degradantes" em campo de migrantes grego
Notícias ao Minuto

14:31 - 07/02/24 por Lusa

Mundo Migrações

Numa declaração conjunta, a organização grega Refugee Support Aegean (RSA) e a alemã PRO ASYL afirmaram que no chamado "centro de acesso controlado" não há água potável suficiente, nem produtos de primeira necessidade, como sabão e absorventes higiénicos, ou roupas e sapatos.

"Faz quatro dias que não tomo banho e quando tem água faz muito frio. A água quente nem sempre está disponível. Esperamos dias para tomar banho e nos limpar", afirmou um dos requerentes de asilo, citado pelas ONG no seu comunicado conjunto.

"Uma organização deu-nos chinelos de plástico e é com estes que nós andamos. Não há roupas suficientes para crianças pequenas ou fraldas para todas as idades", disse outro migrante que está hospedado no centro com a sua família.

Segundo dados do próprio Ministério da Migração e Asilo grego, mais de 3.760 vivem atualmente no centro de acolhimento de Samos, com capacidade para 3.650 pessoas.

Por esta razão, alguns migrantes têm de dormir no chão, sem colchões, numa área que deveria servir de restaurante.

Segundo as ONG, o centro não possui um médico próprio e as pessoas são atendidas por um médico militar que "visita ocasionalmente a estrutura".

O centro de acolhimento foi inaugurado em setembro de 2021 e apresentado pelo Governo conservador grego como um "modelo" e uma "estrutura muito moderna".

O objetivo do projeto, financiado com 43 milhões de euros pela União Europeia, era acabar com as condições degradantes do campo de acolhimento que existia anteriormente em Samos, na cidade de Vathi, onde viviam amontoadas cerca de 7.500 pessoas.

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