Presidente do Egito e diretor da CIA acordam esforços para trégua em Gaza

O Presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi, e o diretor da CIA, William Burns, concordaram hoje manter uma "coordenação intensiva" para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza, informou em comunicado a presidência egípcia.

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© REUTERS/Nathan Howard

Lusa
13/02/2024 16:02 ‧ 13/02/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Segundo a nota de imprensa, Al Sisi e Burns reuniram-se no Cairo com o chefe dos serviços secretos egípcios, Abbas Kamel, para "analisar a evolução da situação atual" relativamente às negociações para uma possível trégua e troca de reféns por prisioneiros entre Israel e o grupo islamita Hamas.

Foi também "confirmado que as consultas e a coordenação intensiva continuariam a fim de alcançar os objetivos do cessar-fogo, proteger os civis e ativar a solução dos dois estados", que prevê a criação de um estado palestiniano independente.

A implementação de todos estes pontos, prossegue o comunicado, serviria para "estabelecer a segurança e a estabilidade na região" do Médio Oriente, que se tornou cada vez mais tensa devido à guerra na Faixa de Gaza.

O diretor da CIA também transmitiu a Al Sisi o seu "apreço pelos esforços incansáveis do Egito para fazer avançar o caminho da calma na Faixa de Gaza, um cessar-fogo e a troca de prisioneiros", bem como por facilitar a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano sitiado.

Este encontro ocorre num dia em que representantes da CIA, da Mossad e da segurança interna israelita Shin Bet estão reunidos no Cairo com responsáveis egípcios e do Qatar, bem como com delegações do Hamas e da Jihad Islâmica Palestiniana (PIJ), para discutir medidas com vista a uma possível trégua.

O canal de televisão egípcio Al Qahera News, próximo dos serviços secretos egípcios, informou que a reunião com as diferentes partes começou ao meio-dia para discutir a redução da escalada no enclave palestiniano, embora até agora não tenham surgido mais pormenores.

Uma fonte de segurança egípcia disse à EFE que nesta sessão serão discutidas as propostas apresentadas pelo Hamas em resposta à proposta anterior, elaborada semanas antes em Paris, como resultado das negociações entre os mediadores, Qatar e Egito, além de Estados Unidos e Israel.

Segundo esta fonte, isso poderia levar a um cessar-fogo de dois a três meses, durante o qual seria implementado um acordo de troca de prisioneiros e seria feita uma tentativa de alcançar um cessar-fogo permanente e relançar o processo de paz.

Ao mesmo tempo que as conversações decorrem, a cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, onde se aglomeram mais de 1,4 milhões de deslocados internos, foi alvo de fogo de artilharia do exército israelita pela primeira vez desde o anúncio de uma incursão terrestre na zona.

Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amir Abdolahian, reuniu-se hoje no Qatar com o chefe do gabinete político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniya, para discutir os últimos acontecimentos na Faixa de Gaza e na região.

"Os aspetos operacionais e políticos da última situação na guerra de Gaza, a necessidade de parar a agressão do regime sionista (referindo-se a Israel) contra o povo de Gaza e da Cisjordânia, e a necessidade de enviar imediatamente ajuda humanitária foram alguns dos assuntos discutidos pelas duas partes", avançou a agência noticiosa estatal IRNA.

Leia Também: Líderes da CIA, Mossad, Qatar e Egito reúnem-se para trégua em Gaza

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