Meteorologia

  • 16 SEPTEMBER 2024
Tempo
27º
MIN 21º MÁX 36º

Arménia acusa Azerbaijão de querer uma "guerra total" entre os dois países

O primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, acusou hoje o Azerbaijão de querer uma "guerra total" contra a Arménia, dois dias após novos confrontos que provocaram quatro mortos na fronteira entre os dois países.

Arménia acusa Azerbaijão de querer uma "guerra total" entre os dois países
Notícias ao Minuto

10:56 - 15/02/24 por Lusa

Mundo Nikol Pashinyan

"As nossas observações mostram que o Azerbaijão quer lançar ações militares em certas áreas da fronteira com a perspetiva de uma escalada militar, que se transformaria numa guerra total contra a Arménia", declarou Pashinyan durante um conselho de ministros.

A Arménia e o Azerbaijão acusaram-se mutuamente na terça-feira dos confrontos ocorridos na fronteira perto de Nerkin Hand, no sudeste da Arménia, que provocou a morte de quatro soldados arménios, segundo Erevan.

"O Azerbaijão segue a política: 'dê-me tudo o que quero através das negociações, caso contrário, tirarei tudo por meios militares'", denunciou Nikol Pashinyan, acusando Baku de não querer manter a "estabilidade e a segurança" da região.

A tensão continua elevada entre os dois países, que há décadas têm numerosas disputas territoriais. Erevan suspeita que o Azerbaijão tem novas ambições desde a reconquista da região separatista de Nagorno-Karabakh, em setembro.

O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, durante o seu discurso de posse - após a sua reeleição no início de fevereiro -, reiterou na quarta-feira que o seu país não tem planos de expansão.

"Não temos reivindicações territoriais contra a Arménia. E [os arménios] devem desistir das suas reivindicações. A chantagem irá custar-lhes caro", disse Aliyev.

"Não haverá acordo de paz enquanto a Arménia não renunciar a essas reivindicações em relação ao Azerbaijão", acrescentou o chefe de Estado azeri.

O líder do Azerbaijão, de 62 anos, está entusiasmado com a sua vitória militar contra os separatistas arménios de Nagorno-Karabakh, que pôs fim a três décadas de separatismo marcadas por duas grandes guerras.

Em setembro de 2023, o exército do Azerbaijão, graças a uma ofensiva relâmpago, assumiu o controlo total de Nagorno-Karabakh, obrigando dezenas de milhares de habitantes a fugir em direção à Arménia.

De acordo com Erevan, o Azerbaijão pode tentar controlar a região arménia de Siounik, com o objetivo de ligar o enclave azeri de Nakhchivan ao resto do Azerbaijão.

Perante este receio, a Arménia aderiu oficialmente no final de janeiro ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que é uma instância internacional de justiça que julga crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Leia Também: Arménia propõe ao Azerbaijão assinatura de pacto de não-agressão

Recomendados para si

;
Campo obrigatório