O anúncio da queixa surge depois de 12 pessoas, incluindo 10 civis, terem sido mortas quarta-feira em novos bombardeamentos no sul do país.
"Perante a persistência da agressão israelita, a queda de mártires e a destruição maciça causada, discuti a situação com o Ministro dos Negócios Estrangeiros Abdullah bu Habib e pedi-lhe que apresentasse uma nova queixa urgente contra Israel no Conselho de Segurança da ONU", disse Mikati.
"Enquanto apelamos à calma e apelamos a todas as partes para que se empenhem em evitar uma escalada das hostilidades, consideramos que o inimigo israelita continua a sua agressão, o que nos leva a apelar aos atores internacionais para que tomem medidas para responder ao inimigo", disse Mikati, de acordo com uma declaração publicada pelo seu gabinete na conta da rede social X (ex-Twitter).
Um membro do conselho central do partido da milícia xiita Hezbollah, Nabil Qauq, sublinhou hoje que "a batalha vai continuar enquanto a agressão contra Gaza se mantiver".
"A única forma de obrigar o inimigo a parar a sua agressão contra Gaza é a vitória no terreno", afirmou.
"Nós, através da coordenação e integração com a resistência em Gaza e na região, conseguiremos a derrota do inimigo e uma grande vitória para a nação, que gerará novas equações e estratégias que nos aproximarão da libertação da Palestina", disse, citado pelo canal de televisão libanês Al Manar, ligado ao Hezbollah.
Neste sentido, sublinhou que "o inimigo israelita faz ameaças diárias e bombardeia cidades e aldeias porque está indefeso e por causa da crise em Gaza".
"Ameaça com medo, porque percebe que a batalha no Líbano seria mais difícil e mais intensa", disse Qauq, acrescentando que o grupo "está preparado para a possibilidade de uma expansão da guerra".
"A resistência decidiu responder rápida e firmemente a qualquer escalada com nova escalada, à deslocação com a deslocação e à destruição com a destruição", disse, sublinhando que Israel "está consciente da força" do Hezbollah.
"Sabem que os mísseis e os 'drones' [aeronaves não tripuladas] da resistência islâmica no Líbano podem atingir todas as suas cidades, povoações e aeroportos", acrescentou.
O exército israelita confirmou hoje novos bombardeamentos contra supostos alvos da milícia xiita Hezbollah no sul do país, na sequência de uma "extensa vaga de ataques" lançada na quarta-feira após um ataque com mísseis do grupo contra a cidade israelita de Safed, que causou um morto.
Entretanto, o Ministério da Saúde libanês afirmou que, até ao momento, foram confirmados 177 mortos e 666 feridos nas ofensivas israelitas ao Líbano, na sequência dos combates que se seguiram aos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), a 07 de outubro.
As tensões entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, aumentaram na sequência da morte, no início de janeiro, do 'número dois' do Hamas, Saleh al-Arouri, e de seis outros membros da milícia palestiniana, incluindo dois membros superiores do braço armado do grupo, as Brigadas Ezzeldin al-Qassam, num atentado bombista atribuído ao exército israelita em Beirute, a capital libanesa.
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