A organização pan-árabe emitiu este apelo no final de uma reunião extraordinária de representantes permanentes para "discutir os passos árabes e internacionais para deter o crime de genocídio cometido por Israel", bem como as suas "intenções" de "deslocar mais de 1,5 milhões de palestinianos da sua terra".
Entre outras medidas que exigiu ao Conselho de Segurança, a Liga Árabe também pediu que seja garantido o afluxo contínuo de ajuda humanitária a toda a Faixa de Gaza e que sejam aplicadas "as medidas temporárias constantes da ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)" para um cessar-fogo.
Por outro lado, a organização saudou "a dinâmica crescente no sentido do reconhecimento de um Estado palestiniano" pela comunidade internacional, uma das soluções mais apoiadas para pôr fim à guerra e resolver o conflito histórico entre palestinianos e israelitas.
Condenou também "as sistemáticas campanhas de incitação israelitas" contra a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), depois de uma dezena dos seus membros terem sido acusados de participar no ataque do grupo islamita palestiniano Hamas a Israel, a 07 de outubro.
Esta acusação levou cerca de 16 Governos ocidentais a congelar o seu financiamento à agência, que dá assistência a milhões de refugiados palestinianos em vários países árabes e é a principal "tábua de salvação" da população de Gaza.
Por isso, a Liga Árabe exortou estes Governos a "reverem" tal decisão, que põe em risco o futuro de milhões de palestinianos, sobretudo dos "mais de dois milhões na Faixa de Gaza".
Desde o ataque de 07 de outubro do Hamas, que fez 1.163 mortos em Israel, as forças israelitas mantêm uma forte ofensiva por ar, terra e mar à Faixa de Gaza que fez, até agora, mais de 28.600 mortos e 68.400 feridos, na maioria civis.
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