O Presidente Sal "tenciona aplicar integralmente a decisão do Conselho Constitucional" e "procederá sem demora às consultas necessárias para a organização das eleições presidenciais o mais rapidamente possível", referiu a presidência em comunicado.
"O mais rapidamente possível" é precisamente o prazo fixado pelo Conselho Constitucional na quinta-feira, quando invalidou o adiamento das eleições presidenciais para 15 de dezembro.
Na sequência da decisão do Constitucional, têm surgido apelos nacionais e internacionais para que o Presidente do Senegal a cumpra sem desvios.
O Senegal, que faz fronteira com a Guiné-Bissau, atravessa uma das piores crises políticas da sua história pós-independência desde que o Presidente Sall anunciou, a 03 de fevereiro, o adiamento das eleições presidenciais.
A Assembleia Nacional adiou o escrutínio para dezembro, após ter afastado à força a oposição, e prolongou o mandato do Chefe de Estado, que terminaria em abril, até à tomada de posse do seu sucessor.
O adiamento deu origem a confrontos que causaram a morte de três pessoas e a ações de repressão que resultaram em dezenas de detenções.
Leia Também: Senegal. Decisão de invalidar adiamento das eleições deve ser respeitada