O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico "convocou a embaixada russa para deixar claro que as autoridades russas são consideradas totalmente responsáveis", de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira à noite.
A morte de Alexei Navalny na prisão no Ártico deve ser "investigada de forma completa e transparente", acrescentou.
"Nos últimos anos, as autoridades prenderam-no com base em acusações forjadas, envenenaram-no com um agente nervoso proibido e enviaram-no para uma colónia penal no Ártico. Ninguém deve duvidar da natureza brutal do sistema russo", afirmou.
Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, avisou que o Presidente russo, Vladimir Putin, teria de "prestar contas" pela morte do opositor político, prestando homenagem "à coragem" de Navalny.
Ao fim da tarde, centenas de pessoas na Europa e nos Estados Unidos prestaram homenagem a Alexei Navalny, que morreu aos 47 anos na colónia penal onde cumpria uma pena de 19 anos de prisão.
Na capital britânica, várias dezenas de pessoas concentraram-se, atrás de barreiras, em frente à embaixada russa, com cartazes em inglês e russo nos quais se podia ler: "Putin assassino", "Assassinos", "Navalny nosso herói", "A minha Rússia está na prisão", "Não desistam", "Nós somos Navalny" e "Putin está a arder no inferno".
O serviço penitenciário federal da Rússia indicou que Navalny sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Até ao momento, a equipa de Navalny não confirmou esta informação, mas destacados dirigentes ocidentais e apoiantes do opositor responsabilizaram o Presidente russo, Vladimir Putin, pela morte do opositor, em declarações consideradas "inadmissíveis" pelo Kremlin.
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