O atual ministro da Defesa indonésio, Prabowo Subianto, reclamou a vitória na primeira volta das eleições presidenciais da Indonésia realizadas na quarta-feira, com base em sondagens efetuadas à boca das urnas.
Numa mensagem nas redes sociais, José Ramos-Horta refere que falou hoje ao telefone com Prabowo Subianto e que ambos se comprometeram a "trabalhar para expandir as excelentes ralações existentes".
"O Presidente Ramos-Horta convidou o Presidente eleito Prabowo a visitar Timor-Leste o mais rapidamente possível, mesmo antes de ser formalmente empossado como Presidente", pode ler-se na mensagem, que refere que o futuro Presidente da Indonésia também fez um convite ao seu homólogo timorense.
José Ramos-Horta disse ainda que os dois países têm "excelentes relações" e que cooperam em diversas áreas e que a Indonésia tem apoiado Timor-Leste na adesão à Associação das Nações do Sudeste Asiático.
A Indonésia tem também apoiado Timor-Leste na formação e capacitação de jovens, funcionários públicos, polícia, militares e estudantes, através da atribuição de bolsas de estudo, sublinhou o Presidente timorense.
Prabowo, 72 anos, era apontado como favorito para suceder a Joko Widodo na Presidência da terceira maior democracia do mundo, depois da Índia e dos Estados Unidos.
Segundo as projeções, Prabowo conseguirá perto de 60% dos votos, contra 24% do antigo governador de Jacarta Anies Baswedan e 16% do antigo governador de Java Central Ganjar Pranowo.
"Apesar de estarmos gratos, devemos ser humildes e não arrogantes", disse Prabowo, referindo que o resultado final ainda estava a ser contabilizado pela Comissão Eleitoral.
Com mais de 50% dos votos, Prabowo deverá tornar-se Presidente da Indonésia para os próximos cinco anos, o país com maior população muçulmana do mundo e membro das 20 maiores economias (G20).
Terá como vice-presidente o filho de Joko Widodo, que cumpriu dois mandatos consecutivos na Presidência e não pôde concorrer de novo por imperativos constitucionais.
Prabowo era o único candidato com ligações à ditadura de Suharto (1967-1998), altura em que era tenente-general.
Tem sido criticado por alegados abusos de direitos humanos em Timor-Leste e na Papua, bem como pela tortura de ativistas indonésios pró-democracia.
Leia Também: Ministro indonésio lidera contagem de votos das presidenciais com 57%