"Os nossos fuzileiros mantêm firmemente a testa-de-ponte" em Krynky, na margem esquerda (leste) do rio na região de Kherson, indicou no Telegram.
"O inimigo apenas conseguiu efetuar uma operação de desinformação", acrescentou.
Na passada terça-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou um novo sucesso militar com a tomada desta testa-de-ponte - termo militar que designa uma posição do outro lado de um rio ou mar, em território inimigo - e que a Ucrânia garante com acentuado esforço desde há vários meses, alguns dias após a "fuga caótica" das forças ucranianas de Avdiivka.
Em 2023, o Exército ucraniano conseguiu formar uma testa-de-ponte na margem esquerda do rio Dniepre, onde se concentram as tropas russas perto da região de Kherson, e que Moscovo tenta desde então eliminar.
"De facto, Krynky foi limpa e de facto controlamos todo o rio", assinalou o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, após Putin lhe ter pedido, na sequência de imagens difundidas pelos 'media' russos e do relatório de um oficial, que confirmasse a conquista desta testa-de-ponte.
Este anúncio surgiu pouco após a conquista pela Rússia da cidade de Avdiivka, leste da Ucrânia, após meses de combates, com Putin a ironizar sobre a "fuga caótica" das forças ucranianas.
"Esta fuga caótica ocorreu no momento em que o comando das Forças Armadas ucranianas emitiu a ordem de retirada às suas forças que já estavam movimento e em retirada", declarou o chefe de Estado russo durante a reunião com Shoigu.
No entanto, Zelensky garantiu hoje que esta cidade marca a nova linha defensiva.
"Avdiivka é uma nova linha defensiva", afirmou, depois de as forças de Kyiv se terem retirado há cinco dias da cidade, que fica perto da capital regional de Donetsk.
Ainda hoje, e dois dias do segundo aniversário do início da invasão em larga escala da Ucrânia, a Rússia reivindicou novos avanços territoriais face a um Exército ucraniano na defensiva e com escassez de armamento e munições.
No seu relatório diário, o Ministério da Defesa russo assegurou que o seu Exército se apoderou da localidade de Pobeda, nos arredores da cidade destruída de Marrinka, situada perto da região de Donetsk, leste da Ucrânia.
Responsáveis militares ucranianos não confirmaram no imediato a perda de Pobeda ao assegurarem que o Exército "continua a combater na zona".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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