Berlim diz que G20 "pode e deve" liderar reforma de instituições como ONU

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, defendeu hoje que o G20 deve desempenhar um "papel decisivo" na reforma das instituições multilaterais como as Nações Unidas, criticada pelo bloqueio na altura de adotar resoluções sobre conflitos.

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© Bernd von Jutrczenka/picture alliance via Getty Images

Lusa
22/02/2024 19:35 ‧ 22/02/2024 por Lusa

Mundo

G20

Baerbock, que participava no segundo e último dia de reuniões do G20, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, realçou que para enfrentar "os desafios complexos do século XXI" é necessário pôr de lado as estagnações institucionais típicas do século passado.

"Acredito que o G20 pode e deve desempenhar um papel decisivo neste processo de reforma", frisou a chefe da diplomacia alemã.

Segundo Baerbock, o grupo das 20 maiores economias do mundo é um fórum no qual "a diversidade geopolítica do mundo atual se reflete muito bem".

Caso sejam alcançados pontos comuns entre os membros, o bloco pode tornar-se "uma força motriz da mudança, mesmo em fóruns como as Nações Unidas", defendeu.

Estas declarações da ministra dos Negócios Estrangeiros alemã surgem apenas um dia depois de o seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, ter criticado a "paralisia inaceitável" do Conselho de Segurança das Nações Unidas, na adoção de resoluções sobre conflitos armados no mundo.

Vieira apontou que "as instituições multilaterais não estão adequadamente equipadas para enfrentar os desafios atuais", sublinhando que este "estado de inação" implica diretamente a morte de civis inocentes no Médio Oriente, na Ucrânia e em outros cenários de guerra.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por quinze membros, dez dos quais são rotativos. Os outros cinco -- Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido -- têm assento permanente e o direito de vetar as resoluções, como fez Washington com as mais recentes propostas relacionadas com Gaza.

O Rio de Janeiro acolhe desde quarta-feira os máximos responsáveis diplomáticos das 20 maiores economias do mundo, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e vice-presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, responsáveis da União Africana, autoridades dos países convidados da presidência brasileira, como o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, e representantes de 12 organizações internacionais.

Leia Também: Portugal quer Brasil, Índia e 2 africanos no Conselho de Segurança da ONU

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