"O peso da História está sobre os seus ombros", disse Chuck Schumer, dirigindo-se ao republicano Mike Johnson, através dos jornalistas que o ouviam em Kiev.
Depois de uma reunião com o presidente ucraniano, Volodymir Zelenskyy, em que também participaram os quatro senadores democratas que o acompanham, Schumer acrescentou: "Se Johnson virar as costas à História, vai lamentar isso nos anos futuros".
O líder democrata justificou a sua presença na Ucrânia "para falar diretamente ao presidente [da Câmara dos Representantes] Johnson", perante o impasse na câmara baixa do Congresso norte-americano da proposta de apoio à Ucrânia aprovada pelo Senado.
A aprovação da proposta pelo Senado, com 60 mil milhões de dólares destinados à Ucrânia, aconteceu na semana passada, depois do colapso de uma proposta mais vasta que teria combinado esta ajuda com mudanças na política fronteiriça dos EUA.
O Senado aprovou a proposta apenas com a parte relativa à ajuda externa, com 70 votos a favor, onde se incluíram 22 republicanos, e 29 contra.
Mas o caminho que se segue na Câmara dos representantes é incerto.
A influência de Donald Trump entre os republicanos é mais forte na câmara baixa do que na alta e tem pressionado no sentido de um voto contra a ajuda à Ucrânia.
Alguns republicanos já ameaçaram mesmo remover Johnson da presidência da Câmara se colocar a proposta a votação. Mas este já disse que "não seria apressado" para tomar uma decisão.
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