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Primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana apresenta demissão

Demissão surge na sequência dos "desenvolvimentos relacionados com a agressão contra a Faixa de Gaza e a escalada na Cisjordânia e em Jerusalém".

Notícias ao Minuto

08:52 - 26/02/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Israel/Palestina

O primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Shtayyeh, anunciou, esta segunda-feira, que apresentou a sua demissão ao presidente Mahmoud Abbas. Em causa está a escalada do conflito na Faixa de Gaza e nos territórios ocupados por Israel.

"Apresentei a demissão do governo ao presidente", disse Shtayyeh, em conferência de imprensa, citado pela Al Jazeera, acrescentando que a demissão surge na sequência dos "desenvolvimentos políticos, económicos e de segurança em relação à agressão contra o nosso povo na Faixa de Gaza e à escalada sem precedentes na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental".

Shtaye explicou que o povo palestiniano e o "sistema político" palestiniano enfrentam "um ataque feroz e sem precedentes, "genocídio", tentativas de deslocação forçada, fome em Gaza, intensificação do colonialismo e do terrorismo dos colonos e invasões repetidas de campos e localidades (de refugiados) na Cisjordânia".

Shtaye referiu ainda as "tentativas de liquidação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), o repúdio de todos os acordos assinados e a anexação gradual das terras palestinianas", bem como os "esforços para transformar a Autoridade Palestiniana numa autoridade administrativa de segurança sem conteúdo político".

Sublinhe-se que o conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.

Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que mais de 100 permanecem na Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 29 mil pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

[Notícia atualizada às 09h22]

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