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Fações palestinianas querem "unidade nacional abrangente"

Várias fações palestinianas, incluindo a Fatah e o Hamas, afirmaram hoje em Moscovo que vão trabalhar para alcançar uma "unidade nacional abrangente" no âmbito da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Fações palestinianas querem "unidade nacional abrangente"
Notícias ao Minuto

16:00 - 01/03/24 por Lusa

Mundo Israel

Após uma reunião na capital russa, realizada dias depois da demissão do primeiro-ministro palestiniano, Mohamad Shtayé, os grupos afirmaram que haverá "mais rondas de diálogo para alcançar uma unidade nacional abrangente que inclua todas as forças e fações palestinianas, dentro da OLP, o único representante legítimo do povo palestiniano".

Segundo a agência palestiniana Maan, comprometeram-se ainda a "enfrentar a criminosa agressão israelita e a guerra genocida contra o povo palestiniano em Gaza" e de "resistir, parar e prevenir tentativas de deslocar os palestinianos da sua terra natal".

Assim, defendem que Israel deve retirar-se de Gaza e ser impedido de controlar "qualquer parte da Faixa sob qualquer pretexto, incluindo as 'zonas tampão'".

A reunião decorreu quinta-feira com a mediação do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, numa tentativa de aproximar posições para acabar com a divisão política entre os grupos palestinos, incluindo a possível integração dos islamitas do Hamas na OLP.

Os territórios palestinianos estão divididos administrativamente após as eleições de 2006, que ditaram a vitória do Hamas, o que levou a confrontos e ao domínio de Gaza por parte dos islamitas, enquanto a Fatah passou a liderar a Cisjordânia ocupada - incluindo Jerusalém Oriental.

Shtayé apresentou na segunda-feira a sua demissão ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, face à situação "política, económica e de segurança" resultante da agressão" de Israel contra a Faixa de Gaza e do aumento da violência na Cisjordânia.

O governante demissionário considerou que a população e o "sistema político" palestinianos enfrentam "um ataque feroz e sem precedentes" e "um genocídio", destacando ainda que as autoridades "continuarão a lutar para estabelecer um Estado na terra da Palestina".

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva no território palestiniano que já causou mais de 30 mil mortos, de acordo o Hamas, catalogado pela UE e os Estados Unidos como organização terrorista.

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