Pelo menos 15 civis mortos em combates violentos no leste da RDCongo
Pelo menos 15 civis foram hoje mortos em combates violentos e milhares fugiram perante uma ofensiva dos rebeldes do M23 no leste da República Democrática do Congo, segundo fontes locais.
© ShutterStock
Mundo RDCongo
O M23 (Movimento 23 de março) lançou hoje uma ofensiva sobre várias localidades sob o controlo do exército congolês no território de Rutshuru, no Kivu do Norte, de acordo com testemunhos de habitantes, fontes médicas e autoridades administrativas contactadas pela agência noticiosa France-Presse (AFP).
Após oito anos de inatividade, o M23, uma rebelião maioritariamente tutsi, retomou as armas no final de 2021 e, alegadamente com o apoio do exército ruandês, apoderou-se de vastas áreas dos territórios de Rutshuru e Masisi, ao ponto de cortar todas as vias de acesso terrestre a Goma, a capital do Kivu do Norte, no início de fevereiro, com exceção da fronteira ruandesa.
Se, nos últimos dias, a intensidade dos confrontos diminuiu em torno de Sake, na periferia ocidental de Goma, os combates eclodiram em várias cidades e aldeias a cerca de 70 quilómetros mais a norte.
Em Nyanzale, onde dezenas de milhares de pessoas se refugiaram nos últimos meses, fugindo do avanço do M23, pelo menos 15 civis, incluindo crianças, morreram nos combates, segundo as fontes.
"As bombas caíram sobre os habitantes", disse à AFP o presidente da sociedade civil de Nyanzale, Ombeni Gasiga.
"Toda a população está a fugir para Kikuku (a norte)", acrescentou, antes de abandonar também a cidade.
Também hoje, após as condenações dos Estados Unidos e da França, a União Europeia condenou "o apoio do Ruanda ao M23" e apelou a Kigali "para que retire imediatamente todo o seu pessoal militar da RDCongo", país que faz fronteira com Angola.
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