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Macron admite "impulso estratégico" no envio de tropas para a Ucrânia

O Presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu hoje, em Praga, ter apelado a um "impulso estratégico" quando colocou a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia, alertando contra o "espírito de derrota".

Macron admite "impulso estratégico" no envio de tropas para a Ucrânia
Notícias ao Minuto

16:26 - 05/03/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Esta é a nossa guerra ou não é a nossa guerra? Podemos virar as costas, considerar que as coisas podem continuar a desenrolar-se? Penso que não e, por isso, é um impulso estratégico que pedi e que assumo plenamente", disse Macron, frisando que a "clareza" das suas propostas era "o que a Europa precisava".

"Não queremos uma escalada, nunca estivemos em beligerância", insistiu, durante uma conferência de imprensa ao lado do seu homólogo da República Checa, Petr Pavel, na capital checa.

O governante francês considerou ainda "extremamente útil" a iniciativa promovida por Praga de comprar munições fora da União Europeia (UE) para apoiar a Ucrânia.

"Apoiamos, vamos participar (...) estamos dispostos a contribuir", afirmou Macron, sem especificar um valor, indicando ainda ser "completamente a favor da proposta de tributar os rendimentos" dos ativos russos congelados, que representam "3 mil milhões de euros a 5 mil milhões de euros" por ano, "dentro do quadro jurídico" da lei internacional.

Em entrevista ao diário checo Pravo, o Presidente francês tinha já recusado "entrar numa lógica de escalada", após os comentários controversos sobre um possível envio de tropas ocidentais para a Ucrânia.

"Em resposta a uma pergunta que me foi colocada sobre o envio de tropas, respondi que nada estava excluído", disse Macron, defendendo que não se está em guerra contra o povo russo.

A 26 de fevereiro, em Paris, no final de uma conferência internacional de apoio à Ucrânia, Macron tinha afirmado que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não podia "ser excluído" no futuro, reconhecendo, no entanto, que não havia "consenso" nesta fase entre os aliados de Kiev.

O Governo francês esclareceu mais tarde que não se tratava de tropas de combate.

Mas quase todos os outros aliados ocidentais se distanciaram imediatamente da posição do líder francês, assegurando que não estava em causa o envio de soldados para solo ucraniano.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Ucrânia. Presidente checo admite envio de força de "assistência militar"

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