"Um caça Su-30 da unidade de guarda de defesa aérea levantou voo para evitar uma violação da fronteira do Estado russo. A tripulação identificou os alvos aéreos como uma aeronave RC-135 de espionagem e combate radioeletrónico e dois caças multiuso Typhoon da Força Aérea do Reino Unido", indicou, em comunicado, o ministério.
A mesma fonte acrescentou que "devido à proximidade do caça russo, os aviões militares estrangeiros mudaram de rota e afastaram-se da fronteira russa", informando ainda que o avião russo regressou à base e que "não se permitiu a violação da fronteira estatal russa".
O voo do caça, sublinhou a mesma fonte, foi realizado em estreita conformidade com as normas internacionais para a utilização do espaço aéreo em águas neutrais e respeitando as medidas de segurança.
No dia anterior, a Rússia já tinha relatado uma situação semelhante, também sobre o mar Negro, com uma aeronave de alerta e controlo antecipado E-3F e dois caças Rafale-C da Força Aérea Francesa.
A Rússia interceta periodicamente aeronaves militares estrangeiras em águas neutrais e, em outubro do ano passado, a Força Aérea Russa enviou um caça MiG-31 para acompanhar um avião de patrulha Poseidon da Força Aérea Norueguesa sobre o mar de Barents quando o aparelho se aproximava da fronteira do estado russo.
Dois dias antes do incidente com o avião norueguês, a aviação russa também intercetou dois bombardeiros estratégicos americanos B-1B no mar Báltico.
Em outubro, a Força Aérea Russa detetou um avião espião RC-135 e dois caças britânicos no mar Negro e intercetou um avião espião norte-americano Poseidon P-8A sobre mar da Noruega.
Outro MiG-31 já havia intercetado um Poseidon em 18 de setembro quando este se aproximava do território russo no mar de Barents.
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