ONU condena planos israelitas para mais colonatos na Cisjordânia
O coordenador da ONU para o Processo de Paz no Médio Oriente condenou hoje os planos israelitas para a construção de mais de 3.400 unidades habitacionais em colonatos na Cisjordânia ocupada, considerando essa expansão "um motor de conflito".
© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images
Mundo ONU
"A expansão dos colonatos de Israel continua a ser um motor de conflito na Cisjordânia ocupada, consolidando ainda mais a ocupação e minando o direito dos palestinianos à autodeterminação e à criação de um Estado independente", defendeu Tor Wennesland em comunicado, condenando o plano do governo de Benjamin Netanyahu.
O coordenador especial das Nações Unidas reiterou que todos os colonatos "são ilegais à luz do direito internacional" e exortou as autoridades israelitas a cessarem todas as atividades de colonatos e a "absterem-se de ações provocatórias".
O Governo israelita avançou na quarta-feira com o processo de aprovação para a construção de mais de 3.400 novas habitações para colonos em três colonatos da Cisjordânia ocupada, justificada como uma medida de represália por um recente ataque palestiniano.
O Conselho Nacional de Planificação e Construção emitiu a aprovação final para construir 691 novas vivendas em Efrat, um colonato a sul de Jerusalém, e avançou com o processo para aprovar outras 2.452 casas em Mahale Adumim e 330 em Quedar, a leste da designada Cidade Santa.
No total, serão 3.476 novas habitações para colonos israelitas em território palestiniano.
Desde 2023, o Governo judaico concedeu 18.515 novas autorizações de construção para colonos na Cisjordânia.
Ao reagir a esta medida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana, que governa em zonas reduzidas da Cisjordânia, rejeitou a decisão israelita ao argumentar que "os colonatos são ilegítimos e ilegais em conformidade com o direito internacional" e constituem um fator de "prosseguimento do conflito e do ciclo de guerras e violência, assim como uma ameaça à segurança e estabilidade da região".
Israel ocupa o território da Cisjordânia e de Jerusalém leste desde a designada Guerra dos Seis Dias de 1967, e mantém desde então um amplo regime de ocupação militar e colonização do território palestiniano, que desde 2023 regista a maior escalada de violência das duas últimas décadas.
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