Meteorologia

  • 08 NOVEMBER 2024
Tempo
17º
MIN 14º MÁX 22º

ONU condena planos israelitas para mais colonatos na Cisjordânia

O coordenador da ONU para o Processo de Paz no Médio Oriente condenou hoje os planos israelitas para a construção de mais de 3.400 unidades habitacionais em colonatos na Cisjordânia ocupada, considerando essa expansão "um motor de conflito".

ONU condena planos israelitas para mais colonatos na Cisjordânia
Notícias ao Minuto

19:49 - 07/03/24 por Lusa

Mundo ONU

"A expansão dos colonatos de Israel continua a ser um motor de conflito na Cisjordânia ocupada, consolidando ainda mais a ocupação e minando o direito dos palestinianos à autodeterminação e à criação de um Estado independente", defendeu Tor Wennesland em comunicado, condenando o plano do governo de Benjamin Netanyahu.

O coordenador especial das Nações Unidas reiterou que todos os colonatos "são ilegais à luz do direito internacional" e exortou as autoridades israelitas a cessarem todas as atividades de colonatos e a "absterem-se de ações provocatórias".

O Governo israelita avançou na quarta-feira com o processo de aprovação para a construção de mais de 3.400 novas habitações para colonos em três colonatos da Cisjordânia ocupada, justificada como uma medida de represália por um recente ataque palestiniano.

O Conselho Nacional de Planificação e Construção emitiu a aprovação final para construir 691 novas vivendas em Efrat, um colonato a sul de Jerusalém, e avançou com o processo para aprovar outras 2.452 casas em Mahale Adumim e 330 em Quedar, a leste da designada Cidade Santa.

No total, serão 3.476 novas habitações para colonos israelitas em território palestiniano.

Desde 2023, o Governo judaico concedeu 18.515 novas autorizações de construção para colonos na Cisjordânia.

Ao reagir a esta medida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana, que governa em zonas reduzidas da Cisjordânia, rejeitou a decisão israelita ao argumentar que "os colonatos são ilegítimos e ilegais em conformidade com o direito internacional" e constituem um fator de "prosseguimento do conflito e do ciclo de guerras e violência, assim como uma ameaça à segurança e estabilidade da região".

Israel ocupa o território da Cisjordânia e de Jerusalém leste desde a designada Guerra dos Seis Dias de 1967, e mantém desde então um amplo regime de ocupação militar e colonização do território palestiniano, que desde 2023 regista a maior escalada de violência das duas últimas décadas.

Leia Também: Netanyahu promete perseguir Hamas "em todos os cantos de Gaza"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório