O primeiro-ministro declarou ainda que cada um dos 19 candidatos tem direito à proteção de pelo menos dois agentes da polícia.
O Senegal atravessou mais de um mês de crise após o anúncio, em 03 de fevereiro, pelo chefe de Estado, Macky Sall, do adiamento das eleições presidenciais inicialmente previstas para 25 de fevereiro.
Após um período, que contribuiu para alarmar a opinião pública nacional e uma parte da comunidade internacional, a data das eleições foi fixada na semana passada para o dia 24 de março, antes do termo do mandato de Macky Sall, em 02 de abril.
O Presidente nomeou Sidiki Kaba para a chefia do governo para permitir que o anterior primeiro-ministro e candidato presidencial, Amadou Ba, possa fazer campanha.
A campanha eleitoral foi reduzida de três para duas semanas.
Sidiki Kaba admitiu à imprensa que havia "preocupações" entre os senegaleses.
"Gostaria de tranquilizar os senegaleses que o material eleitoral já está a ser distribuído", disse.
A administração eleitoral "enviou todo o material eleitoral para todo o país e para o estrangeiro", afirmou, acrescentando que os boletins de voto "já estão prontos".
Kaba, ministro do Interior até à semana passada, falava na cerimónia de passagem de testemunho ao seu sucessor à frente do ministério, Mouhamadou Makhtar Cissé, responsável pelo bom desenrolar da votação.
"O material já foi enviado, há ainda alguns pormenores a resolver (...) mas não estamos preocupados com isso", declarou o novo ministro do Interior.
Os dois responsáveis afirmaram que, por ordem do Presidente, cada candidato tinha direito à proteção de pelo menos dois membros da Brigada de Intervenção Polivalente (BIP), uma unidade policial.
Mouhamadou Makhtar Cissé avisou os intervenientes no escrutínio que as autoridades seriam intransigentes" com atos ou palavras violentas.
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