Após vitória, Putin diz ter autorizado troca de Navalny por prisioneiros
Vladimir Putin foi reeleito como presidente da Rússia, este domingo. No seu discurso agradeceu aos russos por terem votado.
© GAVRIIL GRIGOROV/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Rússia
Depois da vitória nas eleições presidenciais russas, Vladimir Putin agradeceu ao povo por ter votado e garantiu que os resultados vão permitir que o país se torne mais forte. No seu discurso, transmitido pela estação televisiva estatal, Putin mencionou o nome do seu principal opositor, Alexei Navalny, pela primeira vez, e garantiu que tinha concordado com uma troca de prisioneiros com os países ocidentais antes da morte do crítico, em meados de fevereiro.
"Só havia uma condição: que o trocássemos e que ele não voltasse. Deixem-no ficar lá. Mas a vida é assim mesmo", afirmou o presidente russo que, pela primeira vez, mencionou o nome do seu principal opositor.
E complementou: "Acreditem em mim ou não. O homem que falou comigo ainda não tinha terminado a frase e eu disse logo: concordo. Mas, infelizmente, o que aconteceu, aconteceu."
Putin descreveu ainda a morte de Navalny numa prisão no Ártico como "um acontecimento triste".
O presidente russo comentou também o protesto 'Meio-dia contra Putin', lançado inicialmente por Alexei Navalny, e que juntou, este domingo, milhares de pessoas em dezenas de cidades europeias. De acordo com a Reuters, Putin garantiu que a manifestação não teve efeito.
O presidente russo considerou, além disso, que as pessoas que impediram outros eleitores de votarem deveriam ser punidas.
De salientar que Putin venceu, este domingo, as eleições presidenciais russas com quase 88% dos votos. Os três candidatos derrotados por Vladimir Putin reconheceram a vitória do atual chefe de Estado.
"O povo da Rússia demonstrou como nunca à comunidade internacional que pode unir-se e consolidar-se", disse o candidato comunista, Nikolai Kharitonov, que teve 4% dos votos.
Por seu turno, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou que o homólogo russo “está a fazer tudo o que pode para governar para sempre”. "Agora, o ditador russo está a simular outra eleição. Toda a gente sabe que esta figura, como tem acontecido muitas vezes na história, tornou-se viciada no poder e está a fazer tudo o que pode para governar para sempre", afirmou.
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