Washington condena lançamento de míssil balístico norte-coreano
Os Estados Unidos condenaram hoje o lançamento de um míssil balístico norte-coreano, numa altura em que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, visita Seul para participar numa cimeira sobre democracia.
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"Estes lançamentos, tal como os anteriores lançamentos de mísseis balísticos nos últimos anos, violam várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU", afirmou um porta-voz do Departamento de Estado.
Além disso, ameaçam os vizinhos da Coreia do Norte e "minam a segurança regional", reforçou.
"Continuamos empenhados numa abordagem diplomática e apelamos à Coreia do Norte para que se empenhe no diálogo", acrescentou, garantindo que o compromisso dos Estados Unidos "na defesa do Japão e da Coreia do Sul continua inabalável".
A Coreia do Norte disparou um "míssil balístico indeterminado em direção ao mar do Leste", também conhecido como mar do Japão, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
O Japão também confirmou o lançamento e declarou que o projétil parece ter aterrado.
Este é o segundo lançamento de Pyongyang em 2024 e ocorreu alguns dias após o fim dos exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul. A 14 de janeiro, a Coreia do Norte lançou um míssil equipado com uma ogiva hipersónica.
Blinken chegou à Coreia do Sul no domingo à tarde para participar na terceira edição da Cimeira da Democracia, uma iniciativa do Presidente dos EUA, Joe Biden, que Seul acolhe até quarta-feira, com a presença de funcionários governamentais, organizações não-governamentais e membros da sociedade civil.
O secretário de Estado norte-americano deverá também aproveitar esta deslocação para manter conversações com o homólogo sul-coreano, Cho Tae-yul, sobre formas de reforçar a aliança entre Washington e Seul, numa altura em que os dois países procuram melhorar a política de "dissuasão alargada" contra o Norte, referiu a agência de notícias France-Presse.
Na quinta-feira, Seul e Washington terminaram os exercícios anuais de grande escala, que envolvem a interceção de mísseis e ataques aéreos. O número de tropas que participaram nesta edição foi o dobro do registado no ano passado.
No início de março, Pyongyang tinha avisado que os Estados Unidos e a Coreia do Sul iam pagar um "preço elevado" pelas manobras.
Seul é um aliado fundamental de Washington na região. Os EUA têm estacionados cerca de 27 mil soldados na Coreia do Sul para ajudar a proteger o país do Norte, que possui armas nucleares.
O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, no poder desde 2022, reforçou os laços com a Casa Branca e procurou estreitar a relação com o Japão, face às ameaças norte-coreanas.
Desde o início do ano, Pyongyang designou Seul como "inimigo principal", encerrou as agências dedicadas à reunificação e ao diálogo intercoreano e ameaçou entrar em guerra por qualquer violação de território norte-coreano "nem que seja de 0,001 milímetros".
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