Governo palestiniano aplaude sanções da UE contra colonos israelitas
O governo palestiniano saudou hoje a decisão da União Europeia (UE) de impor sanções contra seis colonos responsáveis por incidentes violentos na Cisjordânia, afirmando que se trata de "um passo na direção certa".
© JAAFAR ASHTIYEH/AFP via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"É necessário aplicar sanções dissuasoras contra o colonialismo do regime de ocupação racista", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano numa declaração publicada na conta da entidade na rede social X.
Nesse sentido, a Autoridade Palestiniana (AP) apelou à inclusão dos colonos nas "listas organizações terroristas", bem como daqueles que os apoiam, incluindo os ministros da Segurança Nacional e das Finanças de Israel, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, respetivamente.
A este respeito, apelou também a uma "pressão real" sobre o Governo israelita para que "ponha termo às atividades de colonização" e "desmantele os centros terroristas judaicos na Cisjordânia ocupada", "cortando as fontes de financiamento" destes grupos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano advertiu que, caso contrário, estes grupos de colonos "continuarão a sabotar a situação na Cisjordânia, a fim de a fazer explodir numa espiral de violência difícil de controlar".
Por fim, criticou as declarações de Ben Gvir e Smotrich a favor de uma maior expansão dos colonatos e as palavras do Ministro da Segurança Nacional que exaltam a entrega de armas à população civil, antes de avisar que "serão cometidos mais assassinatos de palestinianos por extremistas".
Segunda-feira, Ben Gvir afirmou que as autoridades israelitas "atingiram um marco" ao emitirem 100.000 licenças de porte de arma desde 07 de outubro, um anúncio feito em frente a um cartaz com a imagem de uma arma e o logótipo "100.000 israelitas armados".
A declaração foi feita um dia depois de o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança Comum, Josep Borrell, ter confirmado um acordo entre os Estados-Membros para impor sanções a seis colonos responsáveis por atos de violência na Cisjordânia, medidas que estavam bloqueadas há semanas devido ao veto da Hungria e que serão acompanhadas de restrições contra três membros do Hamas por violência sexual durante os ataques de 07 de outubro.
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