"Quero agradecer a todos o apoio e a confiança. Significa muito para mim e trabalharei dia e noite para corresponder a essa confiança", afirmou o candidato que pretende aportar "energia e entusiasmo" à liderança do partido.
Harris elogiou ainda Varadkar por liderar o partido "em tempos muito difíceis" como o desafio do Brexit ou a pandemia de covid-19 e disse estar "em modo de escuta", disposto a dialogar com "elementos de todo o país".
Questionado sobre a possibilidade de convocar eleições gerias, o titular da pasta da Educação recordou que existem vários congressos partidários agendados para o próximo ano.
"Estou comprometido, como sei que está o meu partido, e acredito que estejam os restantes, para dar continuidade ao trabalho do Governo e ao seu programa", comentou.
Harris conquistou vários apoios ao longo da semana, especialmente após o ministro das Finanças, Paschal Donohoe, ter anunciado que não será candidato e de a ministra da Proteção Social, Heather Humphreys, também ter descartado avançar.
Varadkar, que se tornou no primeiro-ministro mais jovem de sempre na Irlanda, em 2017, recusou apoiar publicamente qualquer candidato.
"Existe uma grande tradição dentro do Fine Gale, uma boa tradição, de não apoiar qualquer candidato em particular. E é isso que vou fazer", vincou, à chegada ao Conselho Europeu.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, confirmou na quarta-feira que vai renunciar à chefia do governo de coligação de centro-direita e à liderança do partido democrata-cristão Fine Gael, afirmando que deixou de ser "a melhor pessoa para o cargo".
A decisão foi tomada duas semanas depois da surpreendente derrota da proposta do Governo irlandês em dois referendos destinados a modernizar o conceito de família e o papel da mulher na sociedade.
O Fine Gael deverá eleger o sucessor de Varadkar em abril, com a sessão de investidura a ter lugar mais tarde no parlamento irlandês. A sua saída poderá levar a um aumento da tensão no seio da coligação.
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