Idoso encontrado morto após ser despejado de casa onde vivia há 30 anos
Aconteceu em Espanha. O homem, casado com uma mulher com mobilidade reduzida, tinha deixado de conseguir pagar a renda quando adoeceu.
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Mundo Espanha
Um homem, de 70 anos, foi encontrado morto após ter sido despejado do apartamento onde vivia com a mulher há cerca de 30 anos, em Sabadell, na comunidade espanhola da Catalunha.
Segundo a imprensa espanhola, que cita a Plataforma de Pessoas Afectadas pela Hipoteca e pela Crise da cidade catalã (PAHC), o casal foi despejado por falta de pagamento da renda e o homem colocou termo à própria vida num parque da cidade.
"Deram prioridade à continuação do pagamento do resto das despesas, dos bens de primeira necessidade e da alimentação, em detrimento do pagamento de prestações que lhes eram insuportáveis", explicou a plataforma, acrescentando que o casal deixou de pagar a renda há um ano.
A ordem de despejo foi cumprida por uma comitiva judicial sem a presença das autoridades. No entanto, foi chamada a polícia catalã, os Mossos d’Esquadra, por se encontrar na habitação uma mulher com mobilidade reduzida, que não conseguia levantar-se da cama.
A mulher encontra-se atualmente no hospital por "não poder cuidar de si própria devido ao seu grau de dependência".
Também a saúde do homem se deteriorou nos últimos meses e por, isso, "teve de deixar de trabalhar e começou a enfrentar problemas financeiros em casa".
O casal ficou sem qualquer solução ou alternativa de alojamento e, "em estado de choque", o homem "saiu de casa e colocou termo à vida num parque próximo".
"Este facto enche-nos de tristeza e de revolta, e não podemos deixar de manifestar a nossa solidariedade para com a família e a sua envolvente próxima", lamenta a PACH.
A plataforma apelou ao governo catalão para oferecer uma alternativa residencial adaptada às necessidades da viúva e que lhe garantam apoio psicológico e financeiro.
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Se estiver a sofrer com alguma doença mental, tiver pensamentos auto-destrutivos ou simplesmente necessitar de falar com alguém, deverá consultar um psiquiatra, psicólogo ou clínico geral. Poderá ainda contactar uma destas entidades:
SOS Voz Amiga (entre as 15h30 e 00h30, número gratuito) 800 100 441 (entre as 16h e as 00h00) 213 544 545 - 912 802 669 - 963 524 660
Conversa Amiga (entre as 15h e as 22h) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20h e a 1h) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545
Telefone da Esperança (entre as 20h e as 23h) - 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16h e as 23h) – 228 323 535
Todos estes contactos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24 - depois deve selecionar a opção 4), o contacto é assumido por profissionais de saúde. A linha do SNS24 funciona 24 horas por dia.
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