União Europeia insta Moscovo a parar "ataques brutais" contra ucranianos
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, defendeu hoje que a Rússia deve parar os "ataques "brutais" contra a população ucraniana, como os da madrugada de hoje, afirmando que "os responsáveis terão de prestar contas".
© FREDERICK FLORIN/AFP via Getty Images
Mundo Josep Borrell
"A Rússia prossegue os seus ataques brutais contra a população da Ucrânia com bombardeamentos noturnos de infraestruturas energéticas por 'drones' e mísseis, matando e ferindo dezenas de pessoas e pondo em risco a segurança da central nuclear de Zaporijia", escreveu o alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, na sua conta oficial na rede social X.
"Esta situação tem de acabar! Todos os responsáveis serão chamados a prestar contas", acrescentou.
De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos três pessoas morreram e outras três estão dadas como desaparecidas na sequência de um ataque maciço da Rússia contra a Ucrânia ocorrido nesta madrugada, que deixou também cerca de 15 feridos.
A Rússia efetuou um total de 49 ataques contra a Ucrânia na última semana, incluindo um "ataque maciço" hoje registado, em resposta aos recentes ataques nas regiões fronteiriças de Belgorod e Kursk, anunciou o Ministério da Defesa russo.
A Ucrânia está a receber eletricidade da Roménia, Eslováquia e Polónia para manter o fornecimento após um ataque russo de grande escala contra o sistema de energia, anunciou hoje a operadora Ukrenergo.
De acordo com o Ministério da Energia ucraniano, a Rússia procura colapsar o sistema energético da Ucrânia com este ataque, que foi efetuado com cerca de 90 mísseis e mais de 60 'drones' (aparelhos não tripulados).
A Rússia intensificou os ataques contra as infraestruturas ucranianas nos últimos meses, depois de uma contraofensiva da Ucrânia lançada em junho de 2023 ter tido resultados modestos.
O conflito atual foi desencadeado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito -- que entrou no terceiro ano - provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
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