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Derrotar o Hamas? "Operação militar terrestre em Rafah não é o caminho"

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, considerou que Israel arrisca-se a "pôr em causa a sua segurança e posição a longo prazo" se continuar com a sua ofensiva em Rafah.

Derrotar o Hamas? "Operação militar terrestre em Rafah não é o caminho"
Notícias ao Minuto

16:14 - 22/03/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Antony Blinken

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou, esta sexta-feira, que Israel arrisca-se a "pôr em causa a sua segurança e posição a longo prazo" se continuar com a sua ofensiva em Rafah.

Blinken, que se encontra em Israel, reuniu-se com Benjamin Netanyahu e com a família de reféns israelitas, que estão em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro do Hamas. 

Após os encontros, afirmou que "é muito difícil descrever" o que as famílias "estão a passar todos os dias" e garantiu que os Estados Unidos "estão decididos a tentar" negociar a libertação com o grupo islamita Hamas, apesar de ainda haver "muito trabalho a ser feito".

Sobre o encontro com o primeiro-ministro israelita, Blinken defendeu que é "imperativo aumentar" a ajuda humanitária. "100% da população de Gaza está em situação de insegurança alimentar aguda, 100%", lamentou.

Apesar de reconhecer que os Estados Unidos "partilham" o objetivo de Israel em "derrotar o Hamas", Blinken afirmou que "uma operação militar terrestre em Rafah não é a forma de o fazer".

"Corre-se o risco de matar mais civis. Arrisca-se a causar estragos na prestação de assistência humanitária. Arrisca-se a isolar ainda mais Israel em todo o mundo e a pôr em causa a sua segurança e posição a longo prazo", afirmou.

Sublinhe-se que primeiro-ministro israelita disse hoje, durante uma reunião, a Blinken, que Israel pretende realizar uma ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mesmo sem apoio de Washington.

"Eu disse que não tínhamos a possibilidade de derrotar o Hamas sem entrar em Rafah e eliminar os batalhões restantes. Eu disse-lhe que esperava fazer isso com o apoio dos Estados Unidos, mas, se for necessário, faremos sozinhos", afirmou o chefe do governo israelita em comunicado após o seu encontro em Telavive com o chefe da diplomacia norte-americana.

Benjamin Netanyahu reitera a Blinken intenção de atacar Rafah

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje ao secretário de Estado dos norte-americano, Antony Blinken, que Israel pretende realizar uma ofensiva em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, mesmo sem apoio de Washington.

Lusa | 15:06 - 22/03/2024

Na grande cidade do sul do enclave palestiniano encontram-se cerca de 1,5 milhões de pessoas, segundo a ONU, a grande maioria deslocadas pela guerra desencadeada entre Israel e o grupo islamita.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada em 07 de outubro com um ataque em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, que deixou 1.163 mortos, na maioria civis, levando ainda cerca de 250 reféns, dos quais 130 dos quais permanecem em cativeiro no enclave.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra total para erradicar o Hamas, tendo sido mortas nas operações militares no enclave mais de 31 mil pessoas, na maioria mulheres e crianças, de acordo com as autoridades locais, controladas pelo grupo palestiniano.

O conflito, que ameaça alastrar a várias regiões do Médio Oriente, fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o território palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

Leia Também: Gaza? França quer proposta de cessar-fogo na ONU após veto russo e chinês

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