Presidentes russo e sírio reforçam cooperação após atentado em Moscovo
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Síria, Bashar al-Assad, falaram hoje por telefone e acordaram reforçar os seus contactos "no âmbito da luta contra o terrorismo", informou o Kremlin.
© OLGA MALTSEVA/AFP via Getty Images
Mundo Rússia
"Acordou-se intensificar os contactos no campo da luta contra o terrorismo e em todos os demais âmbitos da cooperação bilateral", assinalou a presidência russa em comunicado citado pela agência Efe.
Ambos os líderes abordaram a situação atual no Médio Oriente e na Síria, "que enfrenta diretamente a ameaça terrorista".
Durante a conversa, Assad condenou energicamente o atentado de sexta-feira nos arredores de Moscovo, que causou mais de 130 vítimas mortais e que foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
Bashar al-Assad acrescentou que o povo sírio partilha a dor do povo russo e expressou palavras de apoio aos familiares das vítimas, além de desejar uma rápida recuperação dos feridos, cujo número ascende a 140, 105 dos quais internados em vários hospitais da capital russa e da região de Moscovo.
O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, informou a AFP.
O ataque contra civis foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI) ainda na noite de sexta-feira.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou hoje o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento", apelou à vingança e, embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos EUA disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
O ataque, que foi o mais mortífero na Rússia em anos, ocorreu poucos dias depois de Putin ter cimentado o seu poder numa vitória eleitoral que gerou críticas de vários países ocidentais e quando a guerra na Ucrânia se arrasta para o terceiro ano.
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