O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu, esta segunda-feira, que o tiroteio em Moscovo foi causado por "radicais islâmicos".
"Sabemos que o crime foi cometido pelas mãos de radicais islâmicos, cuja ideologia é combatida há séculos pelo próprio mundo islâmico", referiu, num discurso emitido na televisão, citado pela Agência France-Presse (AFP).
O ataque em questão aconteceu na sexta-feira, quando vários suspeitos entraram numa sala de espetáculos em Moscovo, localizada num centro comercial.
Kyiv apressou-se a negar qualquer envolvimento no ataque, ainda antes de as chamas que decorreram do ataque terem sido apagadas.
No sábado, Vladimir Putin, condenou o ato terrorista "bárbaro e sangrento", e apelou à vingança. Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro suspeitos entretanto detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
No discurso desta segunda-feira, Putin sublinhou no entanto que estes detidos tentaram fugir para território ucraniano, questionando-se "porquê". "É claro que é preciso responder à pergunta: por que razão é que os terroristas tentaram fugir para a Ucrânia depois de cometer o crime? Quem estava lá à sua espera", questionou, citado pela AFP.
Segundo os últimos dados oficiais, o atentado no Crocus City Hall, a 20 quilómetros do centro de Moscovo, causou pelo menos 137 mortos e 182 feridos, tendo os quatro presumíveis autores do ataque sido acusados domingo de terrorismo, crime punível com prisão perpétua.
As forças de segurança russas detiveram 11 pessoas supostamente ligadas ao ataque na sala de espetáculos Crocus, situada nos arredores de Moscovo.
[Notícia atualizada às 18h39]
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