A Polícia Nacional espanhola deteve 25 pessoas - entre as quais quatro funcionários públicos e quatro banqueiros - numa operação que levou ao desmantelamento de uma rede de fraude à segurança social.
Segundo o diário espanhol ABC, a fraude prejudicou a segurança social em quatro milhões de euros.
As detenções ocorreram um pouco por toda a cidade de Madrid, após a investigação ter detetado mais de 400 casos dos alegados ilícitos, entre 2020 e 2024.
Cada um dos quatro funcionários públicos detidos receberiam, alegadamente, até 50 mil euros mensalmente pela sua colaboração no esquema, que passava, principalmente, pelo fornecimento das suas credenciais para aceder aos serviços informáticos da segurança social.
A investigação começou em dezembro de 2022, quando se registaram irregularidades na tramitação de declarações de desemprego. Identificou-se o acesso injustificado a vários processos, a maioria deles de fornecimento de um subsídio de desemprego específico, que prevê a ajuda aos desempregados para saírem dessa situação através do financiamento de gastos necessários para que estas pessoas entrassem no mercado laboral por conta própria.
Assim, e numa organização "com uma distribuição de funções clara e uma estrutura distribuída em cinco etapas", geravam-se pedidos fictícios de ajuda para comprar "veículos ou material informático", acompanhados de faturas falsas.
Uma vez assegurado o financiamento, esse dinheiro era transferido para contas controladas pelas sociedades em que participavam os membros da organização, ou então nas suas contas pessoais.
Foram cumpridos 16 mandados de buscas em casa e em escritórios em Madrid.
Os suspeitos foram acusados de crimes contra a segurança social, falsificação de documentos, suborno, revelação de segredos, branqueamento de capitais e integração em organização criminosa.
Foram apreendidos equipamentos informáticos, telemóveis, relógios de luxo e mais de 25 mil euros em dinheiro, bem como quatro veículos e documentos relevantes.
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