Irão e países árabes condenam alegados ataques de Israel na Síria

O presidente do Irão, Ebrahim Raissi, e vários Governos de países árabes condenaram hoje os alegados ataques de Israel na Síria, que provocaram 11 mortos na segunda-feira.

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Lusa
02/04/2024 09:34 ‧ 02/04/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Este crime covarde não ficará sem resposta", afirmou o presidente iraniano.

Um alegado ataque israelita contra o consulado do Irão na capital da Síria, na segunda-feira, causou pelo menos 11 mortos, de acordo com um novo balanço feito hoje por uma organização não-governamental (ONG).

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de informadores no país, afirmou que o ataque vitimou oito iranianos, dois sírios e um libanês.

No ataque, teriam morrido pelo menos sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo dois generais, segundo o Governo iraniano.

"Dia após dia, testemunhamos o fortalecimento da frente de resistência e o desgosto e o ódio das nações livres contra a natureza ilegítima" de Israel, sublinhou Raissi.

O chefe de Estado iraniano classificou o ataque como um "ato de invasão desumano, agressivo, desprezível e uma violação flagrante das normas internacionais".

Vários países árabes também condenaram hoje o ataque ao consulado iraniano.

"Rejeitamos categoricamente o ataque às instalações diplomáticas sob qualquer justificação. Somos solidários com a irmã Síria no respeito pela sua soberania e pela integridade do seu território", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito num breve comunicado.

O Qatar considerou, num comunicado, que os ataques de segunda-feira na Síria representam "uma flagrante violação dos acordos e convenções diplomáticos, bem como das normas diplomáticas".

Do mesmo modo, através do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, Doha sublinhou a sua "rejeição total" aos ataques contra missões diplomáticas, apelando ainda "ao fornecimento de proteção ao seu pessoal de acordo com as normas do direito internacional". O Governo do Qatar reiterou ainda "a sua posição firme em rejeitar a violência e o terrorismo".

A Arábia Saudita também manifestou a sua rejeição ao ataque às instalações diplomáticas "sob qualquer justificação e pretexto", lembrando que o bombardeamento israelita "constitui uma violação do direito diplomático internacional e das normas de imunidade diplomática".

Na mesma linha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês também condenou o ataque, advertindo que "esta perigosa escalada na violação das leis e das normas internacionais ameaça inevitavelmente a paz e a segurança regional e internacional".

Leia Também: Sobe para 11 número de mortos em alegado ataque israelita em Damasco

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