"Este crime covarde não ficará sem resposta", afirmou o presidente iraniano.
Um alegado ataque israelita contra o consulado do Irão na capital da Síria, na segunda-feira, causou pelo menos 11 mortos, de acordo com um novo balanço feito hoje por uma organização não-governamental (ONG).
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma organização sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de informadores no país, afirmou que o ataque vitimou oito iranianos, dois sírios e um libanês.
No ataque, teriam morrido pelo menos sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo dois generais, segundo o Governo iraniano.
"Dia após dia, testemunhamos o fortalecimento da frente de resistência e o desgosto e o ódio das nações livres contra a natureza ilegítima" de Israel, sublinhou Raissi.
O chefe de Estado iraniano classificou o ataque como um "ato de invasão desumano, agressivo, desprezível e uma violação flagrante das normas internacionais".
Vários países árabes também condenaram hoje o ataque ao consulado iraniano.
"Rejeitamos categoricamente o ataque às instalações diplomáticas sob qualquer justificação. Somos solidários com a irmã Síria no respeito pela sua soberania e pela integridade do seu território", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito num breve comunicado.
O Qatar considerou, num comunicado, que os ataques de segunda-feira na Síria representam "uma flagrante violação dos acordos e convenções diplomáticos, bem como das normas diplomáticas".
Do mesmo modo, através do seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, Doha sublinhou a sua "rejeição total" aos ataques contra missões diplomáticas, apelando ainda "ao fornecimento de proteção ao seu pessoal de acordo com as normas do direito internacional". O Governo do Qatar reiterou ainda "a sua posição firme em rejeitar a violência e o terrorismo".
A Arábia Saudita também manifestou a sua rejeição ao ataque às instalações diplomáticas "sob qualquer justificação e pretexto", lembrando que o bombardeamento israelita "constitui uma violação do direito diplomático internacional e das normas de imunidade diplomática".
Na mesma linha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros libanês também condenou o ataque, advertindo que "esta perigosa escalada na violação das leis e das normas internacionais ameaça inevitavelmente a paz e a segurança regional e internacional".
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