"O povo de Gaza precisa de todos os pacotes de ajuda", insistiu a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, numa mensagem divulgada na rede social X, depois de Israel ter anunciado autorizar a "entrega temporária" de ajuda através do porto de Ashdod e pela passagem de Erez.
A promessa foi feita um dia depois de o seu principal aliado, os Estados Unidosm terem feito um aviso sem precedentes.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, levantou na quinta-feira pela primeira vez a possibilidade de condicionar a ajuda norte-americana a Israel a medidas concretas de ajuda face à catástrofe humanitária em Gaza.
O gabinete de segurança de Israel aprovou "medidas imediatas para aumentar a ajuda humanitária à população civil" em Gaza, disse o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu num comunicado divulgado hoje de manhã.
A Faixa de Gaza é palco, há quase seis meses, de uma guerra devastadora entre Israel e o Hamas, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro.
De acordo com o relatório divulgado hoje pelo Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo Hamas, a guerra já provocou a morte de 33.091 pessoas, a maioria das quais civis.
A pressão internacional tem aumentado todos os dias sobre o Governo israelita, com o Conselho dos Direitos Humanos da ONU a exigir hoje o fim de todas as vendas de armas a Israel, numa resolução que cita receios de "genocídio" contra os palestinianos.
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