Governo britânico quer mais proteção para civis e trabalhadores em Gaza
O Governo britânico saudou hoje as medidas de Israel para facilitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas exigiu mais mudanças na ação militar para proteger civis e trabalhadores humanitários.
© Reuters
Mundo David Cameron
Num comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Cameron, afirmou que, "embora estes compromissos [de Israel] representem um progresso significativo", são necessárias "ações adicionais para garantir que mais ajuda atravesse efetivamente a fronteira".
O antigo primeiro-ministro pediu mudanças "na condução das hostilidades para proteger os civis" e para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários.
Sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen, incluindo três britânicos, foram mortos na segunda-feira num ataque das forças israelita, que mais tarde reconheceram ter-se enganado por pensar que estavam acompanhados por membros armados da organização terrorista islâmica Hamas.
Cameron quer também "progressos nos requisitos mínimos de funcionamento da ONU, incluindo a concessão de mais vistos e aprovações de condutores, bem como a autorização para mais camiõeS entrarem em Gaza".
Israel anunciou hoje que vai permitir a prestação temporária de ajuda através do porto de Ashdod, no sul de Israel, bem como através da passagem de Erez, que dá acesso direto ao norte da Faixa, além de aumentar o fluxo de ajuda proveniente da Jordânia, que entra pela passagem de Kerem Shalom, no sul.
Essas decisões do Governo de Israel foram tomadas após uma conversa telefónica entre o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na quinta-feira.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas em território israelita, em 07 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas no lado de Israel, a maioria das quais civis, segundo dados oficiais israelitas.
Israel lançou uma operação militar de retaliação em Gaza que já provocou mais de 33 mil mortos, a maioria dos quais civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
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