Mais de 400 camiões com ajuda humanitária entraram hoje na Faixa de Gaza

Mais de 400 camiões carregados com ajuda humanitária entraram hoje na Faixa de Gaza, o que representa o maior número em um só dia, desde o início das operações israelitas no enclave palestiniano.

Notícia

© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
08/04/2024 23:37 ‧ 08/04/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"419 camiões com ajuda humanitária foram inspecionados e transferidos hoje para [a Faixa de] Gaza" escreveu nas redes sociais o COGAT, o organismo dos militares israelitas que gere assuntos civis neste território palestiniano.

O grupo israelita acrescentou que o enclave tinha recebido por via aérea 258 contentores com alimentos e 29 outros camiões com alimentação tinham entrado no norte da Faixa de Gaza durante a noite.

Estes números são superiores aos que têm sido a norma moa últimos seis meses, mas ainda estão longe dos 500 camiões com ajuda que entravam diariamente na Faixa de Gaza antes da invasão israelita, quando existia acesso generalizando a eletricidade e água corrente.

Contudo, este aumento da ajuda disponibilizada ocorre dias depois de Israel se ter comprometido com a tomada de "medidas urgentes" para aumentar a quantidade de ajuda humanitária que permite entrar na Faixa de Gaza, depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, ter exigido uma melhoria da situação humanitária no enclave palestiniano.

Biden e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mantiveram uma conversação telefónica no final da semana passada, na qual o chefe de Estado norte-americano avisou que o apoio dos EUA a Israel poderia mudar se não houvessem medidas para minimizar o sofrimento dos civis e garantir a segurança dos trabalhadores humanitários, depois de um ataque israelita ter matado sete trabalhadores da organização não governamental World Central Kitchen.

Durante o mês de março, a média de entrada diária de camiões com alimentos e produtos de primeira necessidade na Faixa de Gaza foi de 159., o que já representou uma subida em relação aos meses anteriores.

Leia Também: Papa "está a trabalhar" para libertar reféns israelitas, dizem familiares

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