Segurança de Israel está "no centro" de política externa, diz Alemanha
A Alemanha declarou hoje ao mais alto tribunal da ONU que a segurança de Israel está "no centro" da sua política externa e rejeitou veementemente as acusações da Nicarágua sobre Berlim estar a facilitar um suposto genocídio na Faixa de Gaza.
© Erhan Demirtas/NurPhoto via Getty Images
Mundo Israel
"A segurança de Israel está no centro da política externa alemã" e a Alemanha "rejeita veementemente" as acusações feitas pela Nicarágua, disse a advogada Tania von Uslar-Gleichen, falando em nome da Alemanha diante do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que tem sede em Haia, nos Países Baixos.
A Nicarágua abriu um processo contra a Alemanha pedindo aos juízes que impusessem medidas de emergência para impedir que Berlim fornecesse armas e outros tipos de apoios a Israel.
Na segunda-feira, a Nicarágua criticou a Alemanha diante do TIJ pelo seu apoio a Israel, considerando patético entregar armas ao Governo israelita e, ao mesmo tempo, fornecer ajuda a Gaza, numa apresentação que foi considerada "grosseiramente tendenciosa" por Berlim.
Os advogados da Nicarágua argumentaram que a Alemanha está a violar a Convenção das Nações Unidas sobre o Genocídio de 1948, estabelecida na sequência do Holocausto, ao fornecer armas a Israel.
"A Alemanha rejeita firmemente as acusações da Nicarágua. Essas não têm base em factos ou na lei", afirmou hoje Tania von Uslar-Gleichen.
"A Alemanha apenas fornece armas com base num escrutínio que excede em muito os requisitos do direito internacional" e "o fornecimento de armas e outro equipamento militar da Alemanha a Israel está sujeito a um escrutínio rigoroso", argumentou a advogada.
"A ação da Alemanha neste conflito está firmemente ancorada no direito internacional", sublinhou Tania von Uslar-Gleichen
Manágua pediu ao TIJ que decida sobre a imposição de "medidas cautelares" enquanto o tribunal considera todo o caso.
Israel iniciou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza em 07 de outubro, após o grupo islamita palestiniano Hamas ter atacado o sul do território israelita e provocado cerca de 1.200 mortos e 240 sequestrados.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza já provocou mais de 33.000 mortos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o pequeno enclave palestiniano desde 2007.
Leia Também: Alemanha rejeita acusações da Nicarágua de que apoia genocídio em Gaza
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com