"Esta decisão da Sibanye irá mergulhar vários trabalhadores mineiros na pobreza extrema", declarou o porta-voz do sindicato dos metalúrgicos da África do Sul (NUM, na sigla em inglês), Livhuwani Mammburu.
"A atual gestão e o CEO são incapazes de gerir esta empresa e isso está a causar uma grave instabilidade no setor do ouro e é totalmente inaceitável, é a barbárie capitalista", adiantou o representante sindical ao canal público sul-africano SABC.
Na quinta-feira, a sul-africana Sibanye-Stillwater, um dos principais produtores de ouro e minério do mundo, anunciou que a redução das suas operações de mineração de ouro na África do Sul poderá afetar mais de três mil trabalhadores.
"A reestruturação proposta das operações e serviços poderá afetar potencialmente 3.107 funcionários e 915 empreiteiros", salientou em comunicado a multinacional mineradora sul-africana.
A empresa indicou que a medida visa colmatar perdas de produção registadas nas minas de ouro Beatrix 1 e Kloof 2, situadas nas províncias sul-africanas de Estado Livre e Gauteng, respetivamente, que empregam mais de 18 mil trabalhadores.
"Na sequência da reestruturação anterior concluída durante 2023 e no primeiro trimestre de 2024, a análise empresarial em curso do Grupo identificou a necessidade de abordar as perdas no poço Beatrix 1, que não conseguiu atingir a produção planeada, e a fábrica Kloof 2 que, após o encerramento do poço Kloof 4 durante 2023 teve material de processamento insuficiente disponível para colmatar despesas gerais", salientou.
Em março, a mineradora sul-africana reportou um prejuízo anual de dois mil milhões de dólares, em 2023.
Leia Também: África do Sul. Tiroteio com a polícia resulta em 6 feridos em Joanesburgo