Face a ameaças de greve, Macron pede "trégua olímpica" durante JO

Macron assegurou ainda que França está preparada para alterar a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, caso se levantem questões de segurança.

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© Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
15/04/2024 08:55 ‧ 15/04/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

França

O presidente francês, Emmanuel Macron, apelou, esta segunda-feira, a uma "trégua olímpica", depois de a Confederação Geral do Trabalho (CGT), um dos principais sindicatos de França, ter anunciando uma greve no setor público durante os Jogos Olímpicos (JO) Paris2024, a decorrer de 26 de julho a 11 de agosto.

Esta posição foi partilhada durante uma entrevista, depois de o chefe de Estado ser questionado sobre a perspectiva de uma greve da função pública na sequência do pré-aviso de greve apresentado pela CGT durante os Jogos Olímpicos. Macron disse ter "confiança" nos envolvidos e atirou: "Sim à trégua olímpica", afirmou, com um sorriso, em declarações à RMC e à BFMTV.

Note-se que os franceses têm pressionado o governo a aumentar os salários dos funcionários públicos e a melhorar as condições de trabalho, já se tendo realizado diversas manifestações.

"Teremos um plano B e até um plano C"

Na mesma entrevista, Macron disse estar confiante de que a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, no rio Sena, será um sucesso, mas acrescentou que as autoridades prepararam opções de "Plano B", caso a avaliação da segurança mais próxima do evento o exija.

"Podemos fazê-lo e vamos fazê-lo", disse Macron. Note-se que o a cerimónia de abertura, a 26 de julho, envolve grandes multidões à volta do Sena, onde cerca de 160 barcos partirão para uma viagem de 6 quilómetros.

No entanto, acrescentou que o país não é "ingénuo" em relação ao risco de segurança. "Se pensarmos que existem riscos de segurança, teremos um plano B e até um plano C", acrescentou.

Uma opção, adiantou, seria restringir a cerimónia à praça central do Trocadero, em Paris, em frente à Torre Eiffel. Outra opção seria transferir o evento para o interior do estádio Stade de France, em Saint-Denis, a norte de Paris, que acolherá as provas de atletismo.

A cerimónia de abertura, prevista para dia 26 de julho, será a primeira realizada fora de um estádio.

Cerca de 10.500 atletas desfilarão pelo coração da capital francesa em barcos no rio Sena, ao longo de um percurso de seis quilómetros (3,7 milhas).

A organização planeava originalmente uma grandiosa cerimónia de abertura para até 600 mil pessoas, a maioria assistiria gratuitamente nas margens do rio Sena. Contudo, as preocupações de segurança e logística levaram o Governo francês a reduzir progressivamente as suas ambições. No início deste ano, o número total de espetadores foi reduzido para cerca de 300 mil.

O Governo francês também decidiu que os turistas não terão acesso gratuito para assistir à cerimónia de abertura, por questões de segurança. O acesso gratuito será apenas para convidados.

Os Jogos Olímpicos vão decorrer entre 26 de julho e 11 de agosto.

[Notícia atualizada às 09h10]

Leia Também: França efetuou interceções a pedido da Jordânia, diz Macron

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