No dia que marca os cinco anos do incêndio que a devastou, a Catedral de Notre-Dame voltou ao seu antigo esplendor - meses antes da sua reabertura planeada para dezembro.
"É maravilhoso ver que as cores [negras] desapareceram completamente", afirmou Guillaume Normand, vice-reitor de Notre-Dame, enquanto inspecionava a capela totalmente restaurada. "Impressionante", acrescentou, em declarações à agência France Presse.
Além disso, o interior da Notre-Dame está mais luminoso do que há memória, sublinhou o reitor da catedral, Olivier Ribadeau Dumas, acrescentando que quando o público regressar em dezembro, terá uma "perceção inigualável da sua dimensão".
O incêndio na catedral classificada pela UNESCO, que costumava receber 12 milhões de visitantes por ano, chocou o mundo a 15 de abril de 2019.
As obras em curso estão a decorrer dentro do prazo previsto para a reabertura, em dezembro, disse o responsável pela reconstrução no mês passado.
No interior de Notre-Dame, a fase de limpeza e decoração está quase concluída. Os pavimentos em xadrez preto e branco ainda estão a ser colocados, tal como a instalação redesenhada do equipamento técnico e elétrico e um sistema inovador de combate a incêndios.
A diocese optou por limpar o eixo central da catedral e colocar um novo mobiliário litúrgico em bronze castanho, com 1.500 cadeiras. Os vitrais, entre os quais três grandes rosáceas medievais, não foram danificados pelo incêndio, tendo sido todos limpos.
A harmonização deverá demorar seis meses para restaurar a "voz" de Notre-Dame.
O monumento já teve um momento importante em fevereiro, quando os andaimes se soltaram em torno da sua torre, que, segundo as autoridades, estará totalmente visível quando os Jogos Olímpicos de verão de Paris começarem, em julho.
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