Biden na Pensilvânia para defender mais impostos para os mais ricos
O presidente dos EUA, Joe Biden, regressa hoje à cidade de infância, Scranton, para iniciar três dias consecutivos de campanha presidencial na Pensilvânia, onde vai defender a sua proposta de aumentar os impostos para os mais ricos.
© Reuters
Mundo EUA
O presidente democrata tenciona fazer de Scranton - uma cidade da classe trabalhadora, com cerca de 75 mil habitantes - pano de fundo para apresentar a sua proposta de subir os impostos para os mais ricos -- uma das suas bandeiras de campanha.
Ao mesmo tempo, Biden tentará retratar Trump como uma 'marioneta' dos interesses dos mais ricos, tirando proveito de o candidato republicano estar obrigado a passar a semana em Nova Iorque, numa sala de julgamento em que é acusado de ter usado dinheiro da sua campanha presidencial de 2016 para pagar o silêncio de uma atriz pornográfica sobre um caso extramatrimonial.
Biden vai passar a noite de hoje em Scranton antes de seguir para Pittsburgh na manhã de quarta-feira, para então regressar à Casa Branca, mas voltará ainda na quinta-feira à Pensilvânia, para visitar Filadélfia.
Quando a semana terminar, Biden ou a sua vice-presidente Kamala Harris terão visitado este estado por oito vezes este ano, refletindo a sua importância para as esperanças de Biden de um segundo mandato.
"É difícil traçar caminhos para a vitória de Biden na Casa Branca que não envolvam a Pensilvânia", explicou Daniel Hopkins, professor de Ciência Política da Universidade da Pensilvânia, recordando que nenhum democrata se tornou presidente sem vencer o estado desde Harry Truman em 1948.
Scranton, o primeiro destino do Presidente, combina o plano pessoal e político para Biden, já que ele cresceu numa casa colonial de três andares no bairro de Green Ridge até que o seu pai teve dificuldades para encontrar trabalho e mudou-se com a família para Delaware, quando o futuro chefe de Estado tinha 10 anos.
Neste estado, Biden vai apresentar a sua proposta de aumentar os impostos para os mais ricos, como peça fundamental do seu esforço para atenuar o fascínio populista de Trump.
Quando Trump era Presidente, em 2017, sancionou uma série de incentivos fiscais que beneficiam desproporcionalmente os ricos.
Muitos dos cortes expiram no final de 2025 e Biden quer manter a maioria deles para cumprir a sua promessa de que ninguém que ganhe menos de 400 mil dólares pagará mais impostos.
No entanto, o atual presidente também quer arrecadar 4,9 mil milhões de dólares (cerca de 4,5 mil milhões de euros) em receitas ao longo de 10 anos, com impostos mais elevados sobre os ricos e as empresas.
O seu programa eleitoral inclui um "imposto bilionário", que estabelecerá uma taxa mínima de 25% sobre o rendimento dos norte-americanos mais ricos.
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