Isaac Herzog reuniu-se hoje, em Jerusalém, com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Cameron, e a chefe da diplomacia da Alemanha, Annalena Baerbock.
"O mundo inteiro deve trabalhar de forma decisiva e desafiadora contra a ameaça que representa o regime iraniano, que procura minar a estabilidade de toda a região (do Médio Oriente)", afirmou Herzog na rede social X, após a reunião com os ministros.
O chefe de Estado israelita declarou ainda que "Israel é inequívoco no seu compromisso de defender o seu povo".
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, na Síria, ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
"Agradeço a nossa calorosa discussão esta manhã em Jerusalém. Obrigado pela posição forte do Reino Unido e da Alemanha ao lado de Israel diante do repreensível ataque do Irão", declarou o dirigente israelita.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
"O regresso imediato a casa de todos os reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas em Gaza continua a ser para nós - e para a comunidade internacional - uma prioridade máxima, enquanto continuamos a avançar e a melhorar dramaticamente a ajuda humanitária à população civil", declaro o chefe de Estado israelita", afirmou ainda o Presidente de Israel.
Israel iniciou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza em 07 de janeiro, após o Hamas ter atacado o sul do território israelita e ter provocado a morte de mais de 1.200 e mais de 240 sequestrados. Mais de 33.500 palestinianos morreram, segundo dados do grupo islamita palestiniano, desde o início da guerra em Gaza.
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