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Macron defende "dever" da UE de reforçar "sanções" contra Irão

O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje que é "dever" da União Europeia (UE) alargar o âmbito das sanções contra o Irão, na sequência do ataque a Israel, na noite de 13 para 14 de abril.

Macron defende "dever" da UE de reforçar "sanções" contra Irão
Notícias ao Minuto

19:07 - 17/04/24 por Lusa

Mundo Israel/Irão

"Nós somos favoráveis a sanções que possam também visar todos aqueles que ajudam a fabricar os mísseis, os 'drones' que foram utilizados no ataque de sábado e domingo", disse Macron em Bruxelas, pouco antes de uma cimeira dos 27 estados-membros da UE.

Por essa razão, a UE tem o "dever" de "alargar estas sanções", insistiu hoje o Presidente francês, lembrando que tinha defendido esta solução na cimeira virtual do G7, no domingo.

Na terça-feira, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, afirmou que o bloco está a considerar alargar o âmbito das suas sanções já aprovadas a outros tipos de armamento, como os mísseis, para proibir a exportação da UE para o Irão de componentes utilizados no fabrico de 'drones'.

O ataque a Israel foi "preciso, comedido e punitivo" em resposta ao ataque fatal contra o consulado iraniano em Damasco, a 01 de abril, que o Irão atribui a Israel, segundo o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi.

Este ataque foi seguido de ameaças de retaliação cruzadas entre Israel e o Irão, num contexto de fortes tensões no Médio Oriente, envolvendo Israel e o Irão e os respetivos aliados, desde o início da guerra com o movimento islamita Hamas, aliado de Teerão, na Faixa de Gaza, a 07 de outubro de 2023.

A comunidade internacional redobrou hoje os esforços diplomáticos para evitar uma retaliação israelita contra o Irão que poderia incendiar o Médio Oriente, prometendo, paralelamente, sanções contra Teerão, que ameaçou o seu inimigo com uma resposta feroz.

Os chefes das diplomacias britânica e alemã, David Cameron e Annalena Baerbock, apelaram a novas sanções europeias e ao desanuviamento para evitar uma nova escalada no conflito, durante a primeira visita de representantes ocidentais a Israel desde o ataque lançado pelo Irão contra o território israelita.

Quase todos os 350 'drones' e mísseis lançados pelo Irão foram intercetados pelo sistema de defesa aérea israelita, com a ajuda dos Estados Unidos e de outros países aliados, incluindo a França e o Reino Unido, bem como a Jordânia e a Arábia Saudita.

A República Islâmica, que apela à destruição de Israel, tem-se abstido até agora de o atacar frontalmente, e os dois países costumavam entrar em conflito através de terceiros, como os rebeldes Huthis, no Iémen, e o Hezbollah, no Líbano.

Após mais de seis meses de guerra em Gaza, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu na terça-feira combater "sem piedade" a organização terrorista Hamas, no poder no território desde 2007, juntamente com os Estados Unidos e a UE.

A ofensiva israelita já causou 33.899 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

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