Os Estados Unidos "não estiveram envolvidos numa operação ofensiva", afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, citado pela agência francesa AFP.
Blinken recusou-se a falar "sobre os acontecimentos relatados pelos meios de comunicação social" durante a conferência de imprensa final da reunião dos chefes da diplomacia do G7 na ilha italiana de Capri.
"Tudo o que posso dizer, da nossa parte e da parte de todos os membros do G7, é que o nosso objetivo é o desanuviamento", afirmou.
No comunicado, os chefes da diplomacia do grupo formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia, exortaram todas as partes a evitar uma nova escalada de violência no Médio Oriente.
"As ações do Irão constituem um passo inaceitável no sentido da desestabilização da região e de uma nova escalada, que deve ser evitada", disse o G7.
Os chefes da diplomacia do G7 apelaram a todos os atores, "tanto na região como fora dela, para que deem o seu contributo positivo para este esforço coletivo".
Meios de comunicação social norte-americanos noticiaram que Israel tinha avisado Washington do ataque com antecedência, sem que os Estados Unidos aprovassem a operação ou participassem na sua execução.
O Irão negou que tivesse havido um ataque com mísseis contra o país e a televisão estatal disse que as defesas aéreas derrubaram vários 'drones' vindos do interior do país, o que já aconteceu no passado.
O último caso conhecido foi em abril de 2023, quando um complexo militar foi atacado com três 'drones' em Isfahan, no centro do país.
"As informações divulgadas pelos meios de comunicação social norte-americanos não são exatas", disse o porta-voz da agência espacial iraniana, Hossein Dalirian.
O porta-voz referiu que as defesas antiaéreas iranianas abateram "três micro 'drones'", mas sem dar pormenores sobre os responsáveis.
O comandante-chefe do exército iraniano, general Abdolrahim Mousavi, atribuiu as explosões à ação das defesas antiaéreas "contra um objeto suspeito que não causou qualquer acidente ou dano".
Mousavi disse que os técnicos estavam a avaliar "a extensão do problema" e prometeu que os resultados da investigação seriam divulgados.
O Irão disparou há uma semana centenas de 'drones' e mísseis contra Israel, que foram maioritariamente intercetados.
O ataque seguiu-se ao bombardeamento de instalações consulares do Irão em Damasco em 01 de abril, que matou várias pessoas, incluindo dois comandantes da Guarda Revolucionária iraniana.
A tensão entre Israel e o Irão aumentou significativamente desde a ofensiva militar israelita em Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023.
O Irão apoia o Hamas, que é qualificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
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