Adolescente que atacou bispo em Sydney formalmente acusado de terrorismo
O jovem tem historial de crimes com armas brancas, tendo inclusivamente consultado três psicólogos e um conselheiro escolar, além de ter marcado uma consulta com um psiquiatra.
© Lisa Maree Williams/Getty Images
Mundo Austrália
O adolescente de 16 anos que esfaqueou dois clérigos durante um serviço religioso em Sydney, na Austrália, foi formalmente acusado de terrorismo pelas autoridades.
O ataque foi considerado um ato terrorista pelas suspeitas de que o jovem terá agido com motivações de teor religioso, além de ter viajado 90 minutos desde a sua residência até à Igreja Assíria do Bom Pastor, no distrito de Wakeley, noticiou a Associated Press.
É que, de acordo com o mesmo meio, o adolescente disse, em árabe, que o profeta Maomé tinha sido insultado, logo após ter esfaqueado o bispo Mar Mari Emmanuel e o reverendo Isaac Royel, na segunda-feira à noite. Foi, depois, dominado pelos paroquianos, tendo sofrido ferimentos graves nas mãos.
"Ontem, os investigadores estiveram num centro médico para entrevistar o alegado infrator, onde foi acusado de cometer um ato terrorista", disse o comissário da Polícia Federal Reece Kershaw, em conferência de imprensa, esta sexta-feira.
O adolescente, que arrisca uma pena máxima de prisão perpétua, não foi ouvido na audiência de hoje, que decorreu num tribunal infantil.
O jovem tem historial de crimes com armas brancas, tendo inclusivamente consultado três psicólogos e um conselheiro escolar, além de ter marcado uma consulta com um psiquiatra, disse o seu advogado, Greg Scragg.
A defesa salientou ainda que o adolescente um "longo historial de comportamento" consistente com doenças mentais ou deficiências intelectuais. Nessa linha, o magistrado recomendou que o jovem deverá ser avaliado psicologicamente enquanto se encontra sob custódia. O adolescente passará, depois, para um centro de detenção juvenil, até à sua próxima audiência, a 14 de junho.
Entretanto, o bispo Mar Mari Emmanuel disse, na quinta-feira, que estava "bem" e que perdoava o atacante, tendo também apelado à calma.
Este incidente aconteceu dois dias após um outro esfaqueamento ter provocado seis mortos num centro comercial em Sydney.
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