Yeremin, 42 anos, morreu na sexta-feira à noite, depois de ter sido atingido durante por um 'drone' ucraniano, segundo o Izvestia.
"Morreu em consequência dos ferimentos sofridos após o lançamento de um 'drone'. O jornalista estava a desempenhar as suas funções profissionais", disse o Izvestia num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
O Izvestia recebeu a última reportagem de Yeremin na quarta-feira, que foi publicada no dia seguinte no canal Telegram.
Yeremin cobria os combates na Ucrânia desde o início da ofensiva militar russa em fevereiro de 2022, incluindo as operações em Mariupol e Marinka, ambas na região de Donetsk.
A porta-voz do Minstério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, considerou tratar-se de "um crime sangrento" por parte do regime do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
"Consideramos este assassinato a sangue-frio de um jornalista como mais uma confirmação da feia natureza terrorista do regime de Zelensky", disse Zakharova, citada no 'site' do Izvestia.
Zakharova acusou Kiev de ter lançado "uma verdadeira caça aos representantes dos meios de comunicação social russos, oficiais militares e figuras públicas que, com as suas reportagens, comentários e publicações, revelam a verdade à comunidade mundial".
O líder da República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, também expressou condolências pela morte do repórter de guerra.
Em julho de 2023, Rostislav Zhuravliov, correspondente de guerra da agência noticiosa oficial russa RIA Novosti, também foi morto em Zaporíjia quando o carro em que viajava foi atacado.
Três outros repórteres russos ficaram feridos no ataque, que ocorreu quando viajavam entre a cidade de Vasilyevka e a aldeia de Vladimirivka.
A Federação Internacional de Jornalistas tinha contabilizado até sexta-feira a morte de 17 jornalistas e trabalhadores de 'media' desde o início do ano no mundo.
A guerra em curso na Ucrânia foi desencadeada pela invasão russa do país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
Desconhece-se o número de vítimas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.
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