O porteiro de um edifício em Vigo, em Espanha, reclamou 18 mil euros à comunidade de vizinhos porque, segundo ele, causaram-lhe assédio no local de trabalho que o levou a uma baixa por doença devido a uma crise de ansiedade. Contudo, o tribunal não decidiu a seu favor.
Segundo La Voz de Galicia, o porteiro prestava serviços desde 2022 e levou a comunidade a julgamento por considerar que esta violou os seus direitos fundamentais por se sentir vítima de “assédio laboral”.
Os problemas começaram quando, em janeiro de 2023, os proprietários ordenaram a substituição de uma peça da caleira comunitária. Alguns vizinhos protestaram contra a temperatura da água e os problemas criaram-se a partir daí.
Outro problema surgiu posteriormente com os azulejos originais do edifício, guardados há meio século ou mais. Um vizinho que não era proprietário do apartamento precisava deles para algumas obras. Contudo, por iniciativa própria, uma vizinha solicitou os mesmos azulejos ao porteiro e ele foi procurá-los e entregou-os. Como o primeiro inquilino não encontrou as peças de cerâmica, acusou o porteiro de enganá-lo e mandou um WhatsApp com ameaças.
Dias depois, a tensão aumentou com o mesmo vizinho, que num desentendimento porque a internet não funcionava, chamou o porteiro de "tolo". Após outra altercação, o porteiro procurou um médico que lhe deu baixa por transtorno de ansiedade.
Já em tribunal, a decisão datada de 11 de dezembro de 2023, descartou a possibilidade de assédio moral porque o assediador era um vizinho que, na verdade, não era proprietário e, portanto, não faz parte da comunidade. O juiz contou quatro episódios em sete meses, que considera serem acontecimentos "específicos" e não de assédio.
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