Ben Gvir sublinhou que deixou alertas a Netanyahu: "Deus me livre que Israel não entre em Rafah", "acabe com a guerra" e "chegue a qualquer acordo inapropriado" [com o Hamas].
O ministro garantiu que, depois de ouvir as suas palavras, Netanyahu concordou com as suas exigências.
"Prometeu que Israel entrará em Rafah, prometeu que a guerra não terminará e que não haverá acordo inapropriado", frisou, de acordo com um vídeo divulgado nas suas redes socais pouco depois de Netanyahu já ter avisado que as forças israelitas vão atacar a cidade "com ou sem acordo" com o Hamas.
"Congratulo-me com tudo isto. Acho que o primeiro-ministro entende muito bem o que significará se isso não acontecer", destacou ainda o ministro de extrema-direita, citado pela agência Europa Press.
Rafah é atualmente o lar de mais de um milhão de palestinianos, tendo-se tornado um refúgio para centenas de milhares de pessoas que fugiram de outras áreas de Gaza na esperança de estarem mais seguras.
A comunidade internacional, incluindo os parceiros tradicionais de Israel, tem sido unânime na rejeição a um possível ataque a Rafah, onde a situação humanitária já é extremamente difícil, com graves problemas entre a população no acesso a serviços básicos, água potável, medicamentos e alimentos.
O conflito entre Israel e Hamas resultou em mais de 34 mil pessoas mortas, na maioria civis, na Faixa de Gaza, segundo as autoridades locais, mergulhando o território numa grave crise humanitária.
A ofensiva israelita é uma retaliação pelo ataque do movimento islamita palestiniano, que em 07 de outubro matou em Israel mais de 1.100 pessoas e fez cerca de 250 reféns.
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