"A tentativa de usar o Tribunal Penal Internacional contra Israel, que combate o terrorismo, representa um perigo claro e imediato para as democracias, para as nações livres e amantes da paz que respeitam as regras do direito internacional", disse Isaac Herzog ao receber o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, em Telavive.
"Apelo aos nossos aliados e amigos para que se oponham e rejeitem tais ações", acrescentou Herzog.
"Israel tem um sistema judicial muito eficaz" que "processa as mais altas autoridades deste país como qualquer cidadão. Estamos orgulhosos disso", afirmou o chefe de Estado israelita.
Autoridades israelitas disseram ao jornal New York Times que acreditam que o TPI irá emitir mandados de detenção contra membros do Governo -- incluindo o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu -- por acusações relacionadas às operações militares realizadas por Israel na Faixa de Gaza.
Segundo o diário norte-americano, o TPI também pretende indiciar líderes do movimento islamita palestiniano Hamas.
Os Estados Unidos disseram, na segunda-feira, que "não eram a favor" da investigação do TPI sobre a guerra na Faixa de Gaza.
Na segunda-feira, Netanyahu disse que o objetivo dos mandados de detenção contra líderes israelitas, se forem emitidos, serão uma ameaça aos "líderes e soldados de Israel, essencialmente para prejudicar a capacidade de Israel de se defender".
O primeiro-ministro israelita apelou "aos líderes do mundo livre" para "condenarem veementemente este passo escandaloso".
Israel iniciou uma operação militar na Faixa de Gaza em 07 de outubro, após o ataque do Hamas ao território israelita que provocou cerca de 1.200 mortos e ainda 240 pessoas foram raptadas.
Na Faixa de Gaza, mais de 34 mil pessoas morreram desde o início o conflito, segundo o Hamas, que controla o enclave palestiniano.
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