Netanyahu diz a Blinken que não aceita um acordo que inclua fim da guerra

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que não vai aceitar um acordo que inclua o fim da guerra em Gaza, que já provocou a morte de mais de 34.500 palestinianos.

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© CHRISTOPHE ENA/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
01/05/2024 14:39 ‧ 01/05/2024 por Lusa

Mundo

Benjamin Netanyahu

No encontro entre os dois responsáveis políticos, Netanyahu alertou que se o Hamas não renunciar à sua exigência de um cessar-fogo permanente não haverá qualquer acordo e Israel irá invadir a localidade de Rafah, onde se aglomeram 1,4 milhões de pessoas, garantiu o portal de notícias israelita Walla, citando funcionários israelitas e norte-americanos.

Uma das exigências do grupo islamista Hamas é que, numa segunda fase do acordo para a libertação de reféns em troca de presos palestinianos, Israel se comprometa a pôr fim à sua ofensiva, algo a que, de acordo com as fontes ouvidas, Netanyahu se opõe.

A proposta israelita que atualmente está em análise pelo Hamas inclui a intenção de Israel de discutir numa segunda fase do acordo "o regresso a uma calma sustentável" na Faixa de Gaza, uma formulação que, como refere o portal Walla, citado pela EFE, não inclui o compromisso explícito de pôr fim à guerra.

O novo plano para uma trégua entre Israel e o Hamas prevê a libertação de todos os reféns detidos em Gaza, incluindo os militares e os mortos, em troca da retirada israelita do enclave e ao início da sua reconstrução, de acordo com media libaneses próximos do grupo xiita Hezbollah, refere a EFE.

O jornal libanês Al Akhbar publica o que diz ser o "texto da proposta" entregue pelo Egito ao Hamas, que inclui uma pausa nos combates em três fases, de 124 dias de duração, nas quais vigoraria um cessar das operações militares em paralelo com um aumento da ajuda humanitária para Gaza.

A primeira fase, "de 40 dias e prorrogável", inclui uma cessação temporária das operações e a libertação de 33 reféns, "incluindo todas as mulheres israelitas detidas que continuem vivas (civis e militares), assim como crianças menores de 19 anos e [adultos] maiores de 50 anos, para além de doentes e feridos", segundo o texto.

Em troca, Israel libertaria 20 crianças e mulheres palestinianas detidos por cada mulher israelita e também 20 palestinianos maiores de 50 anos, feridos ou doentes, por cada um dos homens israelitas maiores de 50 anos.

A troca de prisioneiros e reféns prevê também que Israel liberte 40 prisioneiras palestinianas por cada mulher soldado israelita, segundo o documento que refere também que poderão ser libertados prisioneiros palestinianos em Gaza ou no estrangeiro.

Numa segunda fase, de 42 dias, as duas partes "finalizariam o acordo sobre as disposições necessárias para o regresso a uma calma sustentável", enquanto continuaria a troca de prisioneiros por reféns e a retirada das forças israelitas da Faiza de Gaza, ainda segundo o documento.

Nesta fase poderia também ter início a reconstrução de Gaza.

A terceira etapa do plano, também de 42 dias, estipula que as partes "troquem todos os corpos e restos humanos" e se ative "um plano quinquenal de reconstrução de Gaza".

Leia Também: Em Jerusalém, Blinken "reiterou a posição clara dos EUA sobre Rafah"

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