Ex-ministro do Cazaquistão confessa ter espancado mulher até à morte

A mulher, de 31 anos, foi agredida com murros e pontapés nas imediações de um restaurante da família do ex-ministro. Acabou por morrer horas depois devido a um traumatismo craniano. 

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Notícias ao Minuto
01/05/2024 20:02 ‧ 01/05/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Cazaquistão

Kuandyk Bishimbayev, um conhecido empresário e ex-ministro da Economia do Cazaquistão, está a ser julgado pelo crime de homicídio da mulher. Segundo a imprensa internacional, Bishimbayev agrediu Saltanat Nukenova, de 31 anos, até à morte nas imediações de um restaurante. O crime foi gravado pelas câmaras de segurança e foi divulgado em tribunal.

A mulher foi encontrada morta no passado mês de novembro num restaurante que pertence a um dos familiares do ex-ministro. Bishimbayev, de 44 anos, foi acusado de a ter torturado e matado no mesmo mês, mas manteve a sua inocência durante semanas. Só esta quarta-feira admitiu que a tinha agredido e causado "involuntariamente" a sua morte, revela a agência de notícias The Associated Press (AP).

As imagens da câmara de segurança - que o Notícias ao Minuto optou por não revelar, mas que pode ver aqui - mostram o homem a arrastar a mulher pelo cabelo e depois a dar-lhe murros e pontapés. A vítima acabou por morrer horas depois devido a um traumatismo craniano. 

Os advogados de Bishimbayev contestaram as provas médicas e o resultado da autópsia e descreveram a vítima como uma mulher propensa ao ciúme e à violência, apesar de não haver provas que sustentassem a acusação.

O julgamento do ex-ministro, que foi condenado em 2018 por corrupção e perdoado no fim de cumprir dois anos da sentença, é o primeiro a ser transmitido online no Cazaquistão, país com cerca de 19 milhões de habitantes. 

Após a divulgação das imagens, dezenas de milhares de pessoas assinaram petições a pedir penas mais severas para a violência doméstica. Já no passado dia 11 de abril, os senadores aprovaram um projeto de lei que endurece a legislação, assinado pelo presidente do país, Kassym-Jomart Tokayev. A lei foi apelidada de ‘Lei Saltanat’ homenagem da vítima. 

Leia Também: Antigo ministro do Cazaquistão detido por distúrbios sangrentos de 2022

 

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