Papa reúne-se com rei da Jordânia no Vaticano

O Papa Francisco recebeu hoje o rei Abdullah II da Jordânia, com quem se reuniu à porta fechada durante cerca de 20 minutos no Palácio Apostólico do Vaticano, anunciou a Santa Sé.

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© Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images

Lusa
02/05/2024 15:23 ‧ 02/05/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Estou muito feliz", declarou o monarca jordano no início da audiência, sentado à secretária do pontífice, segundo a agência espanhola EFE.

O Vaticano não especificou os temas abordados entre Francisco e Abdullah II.

Os dois líderes procederam à tradicional troca de presentes, com o chefe do reino haxemita a oferecer ao Papa uma escultura feita com carateres árabes.

Francisco ofereceu um mosaico intitulado "A Bênção Papal da Praça de São Pedro", bem como os seus textos, encíclicas e exortações, e a Mensagem para a Paz para 2024.

Abdullah II reuniu-se anteriormente com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e ambos manifestaram a esperança de que "os esforços diplomáticos em curso para alcançar um cessar-fogo sustentável" na Faixa de Gaza "tenham êxito em breve".

Meloni reiterou "o compromisso da Itália de fornecer ajuda humanitária à população civil de Gaza, também em cooperação" com a Jordânia, disse o Governo italiano em comunicado.

A Jordânia, onde vivem 2,3 milhões de refugiados palestinianos, tem insistido nos últimos meses na necessidade de uma trégua na Faixa de Gaza.

O país árabe também tem enviado ajuda humanitária por terra e ar para a Faixa de Gaza.

A Jordânia foi o segundo país árabe a chegar a um acordo de paz com Israel em 1994, depois do Egito, que assinou um acordo em 1979.

Meloni recebeu Abdullah depois de o monarca jordano se ter encontrado com o Presidente italiano, Sergio Mattarella.

A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo palestiniano Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo Israel.

Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva em Gaza que já provocou cerca de 34.600 mortos e a destruição de muitas infraestruturas, de acordo com dados divulgados hoje pelo governo do Hamas.

O grupo extremista palestiniano, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é classificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Leia Também: Papa Francisco lamenta que investimentos mais rentáveis sejam em "armas"

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